Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Melo, Cristina Gonçalves de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138135
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Resumo: |
A proposta deste estudo foi verificar possíveis relações entre a organização do constituinte prosódico frase entonacional e a presença de hesitações na fala infantil. Em razão da complexidade estrutural presente na constituição da frase entonacional, nossa hipótese foi a de que ela poderia provocar momentos de tensão em sua produção, possivelmente marcados por hesitações – sobretudo em seus limites. OBJETIVOS: (1) comparar a distribuição das hesitações nos limites inicial e final da frase entonacional na fala infantil; (2) verificar com que tipos de marcas as hesitações ocorrem nesses pontos da frase entonacional; e (3) observar em que medida características discursivas ajudariam a entender o funcionamento discursivo das hesitações. MÉTODOS: foram sujeitos da pesquisa seis crianças com idades entre 4:10 e 6:3 anos que, em 2011, frequentavam o nível Infantil II de uma Escola Municipal de Educação Infantil de Marília. Tais crianças participaram de uma entrevista na qual falaram sobre temas trabalhados em sete propostas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula, no período vespertino. RESULTADOS: observou-se: (i) maior quantidade de hesitações em início de frase entonacional; (ii) ausência de diferença estatística entre os tipos de marcas hesitativas; (iii) maior ocorrência de hesitações em frases entonacionais em início do enunciado do que no interior do enunciado; (iv) maior quantidade de marcas hesitativas entre frases entonacionais do que no final da frase entonacional final do enunciado; e, por fim, (v) tendência pela marca hesitativa corte brusco no final de frase entonacional interrompida e, tendência por alongamentos e pausas silenciosas em final de frase entonacional não interrompida. As tendências observadas foram interpretadas como reveladoras, na medida em que a presença de mais marcas hesitativas nos pontos destacados sugere tanto a ação de fatos da língua, como a integração entre informações fonológicas, sintáticas e semânticas na produção desse constituinte, quanto a ação de fatos discursivos, como a demanda de sentido do interlocutor para as crianças. CONCLUSÃO: as hesitações se mostram como um importante indicador de como fatos da língua e do discurso operam na produção da frase entonacional na fala infantil. |