Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pecoraro, Tatiane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253449
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Resumo: |
O debate público sobre gêneros e sexualidades, bem como a busca por saúde mental de pessoas LGBTQIA+, implica as Psicologias em produzir teorias e técnicas de atuação profissional compromissadas com a multiplicidade dos modos de viver. Nesse ensejo, as Epistemes Feministas, os Estudos Queer, a Filosofia da Diferença e os Estudos Culturais criam condições de problematizar as práticas discursivas das Psicologias e dilatar suas propostas de intervenção no mundo. Assumem-se as Psicologias e a atuação profissional de psicólogas e psicólogos como objeto de pesquisa, com o objetivo de conhecer as práticas discursivas sobre gêneros e sexualidades de psicólogas e psicólogos, a partir das narrativas de suas experiências profissionais. A investigação foi operacionalizada por um estudo quantitativo, realizado por meio de questionário on-line, com 106 psicólogas e psicólogos, os quais responderam sobre sua formação, demandas de gêneros e sexualidades, aspectos que facilitam ou dificultam a atuação profissional, entre outros. Desse grupo, entrevistaram-se 10 profissionais de diferentes áreas e abordagens teóricas das Psicologias, buscando, nas narrativas, intercambiar experiências, nessa dimensão do discurso vivo, para visibilizar as experiências narradas, a fim de adentrar nas histórias (ainda) não contadas sobre o trabalho desses profissionais e seus desdobramentos, suas redes nas vidas das pessoas e instituições. Isso possibilitou aprofundar as discussões sobre as práticas discursivas, considerando que, antes de representar o mundo, os discursos são uma forma de nele intervir. Nesse percurso, evidenciou-se a negligência de muitas instituições formadoras, as quais não incluem a discussão de gêneros e sexualidades na formação em Psicologia, a dificuldade do uso de bases teórico-metodológicas para orientar a prática profissional, as demandas direcionadas para as Psicologias, em seus múltiplos espaços de intervenção, e, com base nelas, a reprodução da lógica do dispositivo da sexualidade nas práticas discursivas. Assim, as implicações da parresía técnica, política e ética, constituíram dimensões inseparáveis da atuação profissional, como perspectivas para o compromisso das Psicologias com a vida afirmativa das multiplicidades e diferenças. Concluiu-se sobre a necessidade de avanços nesse debate, dentro da formação e produção teórico-metodológica das Psicologias, a premência de implicação das instituições formadoras para auxiliar na produção de práticas discursivas e narrativas, de sorte a tensionar e agenciar perspectivas de intervenção que desconstruam os processos de colonização e controle sobre os corpos, desejos e prazeres. |