Configuração prosódica das segmentações não-convencionais de palavra no ensino fundamental I nos contextos público e privado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Iachak, Viviane Schier Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235141
Resumo: Tomando como ponto de partida os resultados de pesquisas que apontam a existência de contrastes na escrita de alunos de Ensino Fundamental I de escolas públicas e de escolas privadas, quando comparados os dados de segmentação não-convencional de palavra – Abaurre (1991); Cunha (2004); Torquette (2016)- a presente pesquisa parte da hipótese de que a variabilidade, com relação às grafias dessa natureza, nos dados de escrita de alunos do Ensino Fundamental de contextos de ensino público e de ensino privado, pode se mostrar não somente em termos de quantidade (como apontam os estudos) mas também quanto à sua natureza, quando analisada a configuração prosódica das estruturas. Nesse sentido, a presente investigação tem como objetivo geral investigar a configuração prosódica de ocorrências de segmentação não-convencional de palavra em textos produzidos por crianças do 1º ao 5º ano de ensino fundamental I de escolas públicas e de escolas privadas. Mais especificamente, a partir da análise pretendemos, nesta investigação: a-) analisar prosodicamente as ocorrências de hipossegmentações e de hipersegmentações de palavras no dois contextos (público e privado) à luz da Fonologia Prosódica (Nespor e Vogel, 1986); (b) comparar os dados considerando as variáveis tipo de escola e série, a fim de verificar a existência de variabilidade na configuração prosódica das estruturas de hipossegmentação e de hipersegmentação. Este trabalho, de cunho qualitativo e de caráter transversal, tomou como corpus 423 textos produzidos por alunos de escolas públicas e de escolas privadas da cidade de Marília-SP. No caso das hipossegmentações, a percepção é pontual: os alunos de escola pública apresentam mais dificuldade na segmentação de palavras quando estão sendo mobilizados os domínios de frase fonológica e, sobretudo, o grupo clítico (quando os dados demonstram a existência de variabilidade estatística ainda mais acentuada do que no domínio da frase fonológica). No que diz respeito às hipersegmentações, a variabilidade hipotetizada inicialmente se mostra, também, de forma pontual: quando a estrutura segmentada é formada pela combinação de uma sílaba + pé (levando à formação preferencial de uma estrutura sílaba + pé troqueu). A conclusão mais geral a que chegamos, portanto, compreende ao fato de que, como hipotetizado, há diferenças quando comparados os dados de hipossegmentação e de hipersegmentação. Entretanto essa diferença se dá pontualmente e quando envolve estruturas e constituintes prosódicos específicos.