Ação de mefenpyr como "safener" e estimulante de crescimento de milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bianchi, Leandro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216399
Resumo: Safeners são substâncias que atuam como protetores de injúrias causadas por herbicidas, como exemplo o mefenpyr-diethyl, cuja ação protetora se dá principalmente em cereais de inverno ao uso de herbicidas inibidores da Acetil Coenzima A carboxilase (ACCase) e Acetolactato sintetase (ALS). Seu mecanismo de ação está atrelado a enzimas que metabolizam herbicidas, ativado por processos fisiológicos e bioquímicos. Contudo, ainda não está claro todas as respostas da utilização de safeners em plantas. Assim, neste trabalho foi realizado um compilado de informações sobre safeners, trazendo uma revisão de literatura abordando os avanços e descobertas sobre a temática (Capítulo 1) e investigado os efeitos protetores da aplicação de mefenpyr-diethyl aos danos por herbicidas na cultura do milho, explorando seus efeitos secundários (Capítulos 2 e 3). Uma série de experimentos foram desenvolvidos para avaliar esses efeitos, realizados no Núcleo de Pesquisa avançada em Matologia (NUPAM). O primeiro experimento (capítulo 2) objetivou avaliar a ação protetora do mefenpyr-diethyl à aplicação de herbicidas inibidores da ACCase, em casa-de-vegetação, combinando o mefenpyr-diethyl (50 g ia ha-1) com herbicidas, sendo: controle, mefenpyr-diethyl, mefenpyr-diethyl + fenoxaprop-p-ethyl (110 g ia ha-1), mefenpyr-diethyl + haloxyfop-p-methyl (62,35 g ia ha-1), mefenpyr-diethyl + clethodim (108 g ia ha-1), mefenpyr-diethyl 5 dias antes da aplicação de fenoxaprop-p-ethyl (110 g ia ha-1), mefenpyr-diethyl 5 dias antes da aplicação de haloxyfop-p-methyl (62,35 g ia ha-1), e mefenpyr-diethyl 5 dias antes da aplicação de clethodim. Realizaram-se avaliações de fitotoxicidade, altura, massa seca, conteúdo total de lipídeos e acúmulo de parte aérea e de massa. Verificou-se que a aplicação de mefenpyr-diethyl não proporcionou proteção suficiente aos herbicidas inibidores de ACCase, entretanto o uso de mefenpyr-diethyl de maneira isolada levou a aspectos estimulantes para a planta de milho, com incremento de massa seca. Para investigar melhor este efeito secundário, foi realizado um segundo conjunto de estudos (Capítulo 3) através da curva dose-resposta, objetivando estabelecer a melhor dose estimulante e o estádio de aplicação, e posteriormente aplicando esses resultados as condições de campo. A primeira parte do experimento foi desenvolvido em casa-de-vegetação com 5 doses do produto: 0; 12,5; 25; 50 e 100 g ia ha-1. O mefenpyr-diethyl foi aplicado em dois estádios fenológicos e o experimento repetido em duas épocas. Foram realizadas avaliações de crescimento diário de altura, área foliar e o acúmulo de massa seca ao longo de 21 dias após a aplicação. A partir da seleção da melhor dose estimulante, foram validados os resultados à campo em relação ao desempenho da cultura, aos componentes produtivos e sistema fotossintético. Neste caso, o experimento continha a testemunha e 3 estádios de aplicação (tratamento de semente (TS), V4 e V6), com 4 repetições e realizados em duas safras. A melhor dose encontrada foi de 50 g ia ha-1 quando aplicado no estádio V3 e V4, proporcionando além de maior altura e área foliar, um acumulo de 2 e 1,3 vezes maior de massa seca em relação à testemunha, respectivamente. À campo, os estímulos foram evidentes na aplicação foliar em v4 e em TS, proporcionando respostas estimulantes na altura, área foliar e na massa seca. Além disso, houve resultados positivos para componentes produtivos com o uso de mefenpyr-diethyl.