Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cirino, Thaís Carolina Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153385
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Resumo: |
O controle biológico é uma das táticas do manejo de pragas disponíveis aos produtores agrícolas, entretanto, não é empregado em grande escala no cenário da fruticultura nacional. Buscando incrementar as informações desse setor, especificamente na cultura do abacaxizeiro, em que o Brasil é um dos maiores produtores mundiais, objetivou-se avaliar a eficácia de parasitoides da família Trichogrammatidae no controle da broca-do-fruto do abacaxizeiro, Strymon megarus (Godart) (Lepidoptera: Lycaenidae), em condições de campo. O trabalho foi realizado em dois anos, sendo que no ano de 2016 foram liberadas as espécies Trichogramma pretiosum Riley e Trichogrammatoidea annulata De Santis (Hymenoptera: Trichogrammatidae) na dose de 200 mil parasitoides por hectare, sendo 50% de cada espécie. Ambos os controles foram aplicados em áreas de indução floral artificial e indução floral natural, deste modo, os tratamentos foram realizados em esquema fatorial 2x2. No ano de 2017, foi liberada apenas T. pretiosum na dose de 400 mil parasitoides por hectare, também em áreas de indução artificial e natural. Para complementar os resultados de campo, foram realizados testes de laboratório para a avaliação da seletividade de produtos formulados utilizados na produção do abacaxi. Os experimentos seguiram a padronização da “International Organization of Biological and Integrated Control of Noxious Animal and Plants” (IOBC). Os testes foram divididos em quatro etapas: seletividade dos produtos as fases de adulto e pupa de T. pretiosum; efeito sub letal dos produtos também em adultos e a fase de pupa. Foram escolhidos, com base em levantamento com produtores e revendas, 10 produtos para a realização dos testes. Em 2016 o controle biológico realizado por T. pretiosum e T. annulata não apresentou diferenças significativas ao controle químico convencional nas áreas com plantas induzidas e nas áreas com plantas não induzidas. A diferença encontrada foi em relação ao mesmo tipo de controle em áreas com indução diferentes, pois, pelo fato das áreas de plantas não induzidas artificialmente não apresentarem uniformidade no florescimento, ambos os controles não foram efetivos comparados aos mesmos controles em áreas com floração induzida, de modo que o controle biológico se apresenta mais favorável nas áreas induzidas no ano de 2016. Em 2017 o controle biológico foi menos eficiente na “área artificial” em relação ao controle químico, porém, foi igualmente eficiente em “áreas naturais”. O custo do controle biológico em 2016 foi menor em relação ao controle químico convencional, e no ano de 2017 foi superior devido ao aumento da dose. Sobre os ensaios de laboratório, em relação ao parasitismo de T. pretiosum submetidos aos tratamentos em fase adulta, foram classificados de modo geral como inócuos (classe 1) os tratamentos com ingredientes ativo captana, flutriafol e etefon, como levemente nocivos (classe 2) alfa-cipermetrina + teflubenzuron, tiofanato-metílico e tebuconazol, como moderadamente nocivos (classe 3) cipermetrina, deltametrina e dimetoato e como nocivo (classe 4) clorpirifós. Quando avaliado o parasitismo na etapa de seletividade ao parasitoide em fase de pupa, foram classificados como inócuo todos os tratamentos, com exceção de clorpirifós, que foi classificado de forma geral como levemente nocivo. Em relação a viabilidade de T. pretiosum quando adultos foram expostos aos tratamentos, foram classificados como inócuos todos os tratamentos, novamente com exceção de clorpirifós que foi classificado como levemente nocivo. A viabilidade dos parasitoides quando expostos ainda na fase de pupa não foi influenciada por nenhum tratamento testado. No ensaio do efeito sub letal dos produtos a fase adulta de T. pretiosum, o produto que mais interferiu no número total de ovos parasitados por fêmea foi alfa-cipermetrina + teflubenzuron, seguido dos produtos deltametrina e clorpirifós que foram semelhantes. Cipermetrina foi o terceiro produto mais nocivos aos parasitoides nesta etapa, seguido de dimetoato. Os tratamentos tiofanato-metílico, tebuconazol, flutriafol e etefon não interferiram tanto no número total de ovos, assim como captana que foi o menos deletério aos parasitoides. Em relação a longevidade dos parasitoides, os tratamentos tiofanato-metílico, tebuconazol, flutriafol e etefon não tiveram influência negativa, os outros tratamentos todos tiveram efeitos no tempo de vida das fêmeas, principalmente clorpirifós. De forma geral os resultados do efeito sub letal quando T. pretiosum exposto em fase de pupa apontam como mais agressivos em relação a redução do número total de ovos parasitados por fêmeas os tratamentos clorpirifós e cipermetrina. A longevidade também foi afetada, principalmente por clorpirifós, alfa-cipermetrina e tiofanato-metílico. |