Entre diálogos e afetos: grupo de mulheres como espaço (trans)formação
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/255517 http://lattes.cnpq.br/5014432393100179 https://orcid.org/0000-0003-4765-4282 |
Resumo: | A presente pesquisa se trata de uma etnografia que visa a responder a seguinte questão: Como a constituição de um Grupo de Mulheres que são professoras/pesquisadoras contribui para (trans)formações a respeito das relações entre corpo e gênero? Para tanto, analisamos a constituição e desenvolvimento de um Grupo de Mulheres formado por professoras/pesquisadoras, bem como os processos formativos que emergiram a respeito das relações entre corpo e gênero. Para alcançar tal objetivo, discutimos, a partir dos diálogos construídos por professoras/pesquisadoras, como se estabelecem as relações entre corpo e gênero diante da coletividade de um Grupo de Mulheres; bem como analisamos o papel do Grupo de Mulheres como espaço coletivo de (trans)formação em face das relações construídas entre professoras/pesquisadoras. Na tentativa de amplificar vozes e constituir um espaço formativo de escuta e reflexão, foi construído um Grupo de Mulheres (GM) com professoras/pesquisadoras de um grupo de pesquisa em currículo. Buscamos, a partir dos diálogos realizados, discutir como o corpo, marcado pelo gênero, se constitui como agente das relações sociais, qual sua implicação nas disputas de poder e sua capacidade de enfrentar sistemas de regulação ao subverter as práticas de controle e exclusão. Ainda, como tais relações emergem nas vivências pessoais e profissionais das participantes do GM e qual a importância desses espaços diante da (trans)formação docente que tange as relações de corpo e gênero. Diante disso, a presente pesquisa considera que os processos formativos consolidados do GM emergem principalmente a partir da coletividade estabelecida entre as professoras/pesquisadoras e que se constituíram a partir das redes de afeto, apoio e parceria diante das dificuldades enfrentadas por cada uma das participantes. A participação dessas Mulheres em espaços formativos que a instigaram refletir sobre as relações de poder estabelecidas a partir da dicotomia entre homens e Mulheres e as possibilidades de subverter um sistema ancorado nos ideais da tríade colonialidade/patriarcado/capitalismo, provocaram uma mudança na forma como se percebem no mundo e seu papel na luta pelo seu direito de existência das Mulheres. Pensar espaços como esse subvertem uma lógica produtivista de produção acadêmica, pois as relações de coletividade ancoradas na parceria e nas redes de afeto as fortalecem, bem como contribui para que suas experiências nos âmbitos acadêmicos, profissionais e pessoais sejam atravessadas pelas relações que se estabelecem entre corpo e gênero, permeando suas construções intelectuais e suas vivências como uma forma de subverter um sistema produtor de relações desiguais e opressoras. |