Avaliação ultrassonográfica tridimensional do assoalho pélvico em mulheres na pós-menopausa usuárias de terapia hormonal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Delmanto, Lucia Regina Marques Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235608
Resumo: Objetivo: Avaliar as características ultrassonográficas tridimensionais (3D) dos músculos do assoalho pélvico (MAP) em mulheres na pós-menopausa, usuárias e não usuárias de terapia hormonal (TH). Métodos: Estudo de corte transversal com 226 mulheres, idade entre 45-65anos, sexualmente ativas, amenorreia >12meses e sem alterações do assoalho pélvico ou incontinência urinária. Consideraram-se usuárias de TH sistêmica, mulheres em uso ≥ seis meses. A força dos MAP foi avaliada pela palpação vaginal bidigital, graduadas de 0 a 5, pela escala modificada de Oxford: escores 0–1, sem contração e escores 2–5, com contração dos MAP. A biometria dos MAP foi realizada pela ultrassonografia transperineal-3D (Voluson E6, GE) para avaliação da área do hiato urogenital, diâmetros anteroposterior e transverso e espessura do músculo levantador do ânus. Análise estatística foi pelo teste t-student, correlação de Pearson e regressão logística (odds ratio-OR). Resultados: Participantes foram divididas em usuárias (n=78) e não usuárias (n=148) de TH. Não houve diferenças entre os grupos quanto as variáveis clínicas e antropométricas. Em ambos os grupos, a média de idade foi de 55 anos com tempo médio de menopausa de seis anos. Entre as usuárias de TH, o tempo médio de uso foi de 43,4 ± 33,3 meses. Observou-se que as usuárias de TH apresentaram maior espessura do músculo levantador do ânus (p=<.001) e maior força dos MAP (p=0.029) quando comparadas a não usuárias. Na análise de risco ajustada para idade, tempo de menopausa, IMC, paridade e tipo de parto, foi observado associação entre o uso de TH com menor área do hiato urogenital (OR=2.73; IC 95% 1.11–6.70, p=0.029) e maior força dos MAP (OR=1.78; IC 95% 1.01–3.29, p=0.046) quando comparadas as não usuárias de TH. Observou-se fraca correlação positiva entre a espessura do músculo levantador do ânus com o tempo de uso de TH (r= 0.25, p=0.0002) e a força dos MAP (r= 0.12, p=0.043). Conclusão: Mulheres na pós-menopausa usuárias de TH apresentaram menor área do hiato urogenital e maior espessura do músculo elevador do ânus quando comparadas a não usuárias de TH.