O impacto do assoalho pélvico sobre a função sexual em mulheres na pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Omodei, Michelle Sako [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182157
Resumo: Objetivo: Avaliar a associação entre a força dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e a função sexual em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Realizou-se estudo de corte transversal com 156 mulheres, idade entre 45-65 anos, sexualmente ativas, em amenorreia >12 meses e sem alterações do assoalho pélvico. A função sexual foi avaliada por questionário validado, o Índice de Função Sexual Feminina (FSFI), em que escore total ≤26.5 indica disfunção sexual. A força dos MAP foi avaliada por meio da palpação vaginal bidigital, graduada 0 a 5 pela escala de Oxford, categorizados em não funcional (escores 0–1, sem contração dos MAP) e funcional (escores 2–5, com contração dos MAP). A biometria dos MAP foi realizada por ultrassom transperineal tridimensional (3D) (Voluson E6, GE) para avaliação da área total do hiato urogenital e diâmetros anteroposterior e transverso, e espessura do músculo levantador do ânus. Resultados: As participantes foram divididas de acordo com a força dos MAP, em funcional (n=93) e não funcional (n=63). Não houve diferenças entre os grupos quanto a idade, tempo de menopausa, paridade e tipo de parto e índice de massa corpórea (IMC). Foi observado maior percentual de usuárias de terapia hormonal (TH) no grupo com MAP funcional (36.6%) quando comparadas ao não funcional (12.7%) (p=0.002). Na comparação da biometria dos MAP não foram constatadas diferenças entre os grupos (p>0,05). Observou-se que as mulheres com MAP não funcional apresentaram piora na função sexual apenas no domínio desejo do FSFI (p=0.048). Foi observada fraca correlação positiva significativa entre a força dos MAP com os domínios desejo (r= 0.35, p=0.009) e dor (r=0.25, p=0.021) da função sexual. Na análise de risco, ajustado para idade, tempo de menopausa, paridade e IMC, foi observado que mulheres não usuárias de TH apresentaram risco 2.7 vezes maior para disfunção sexual (OR=2.73; IC 95% 1.11 – 6.7, p=0.029) quando comparadas as não usuárias de TH. Conclusão: Mulheres na pós-menopausa com disfunção dos MAP apresentaram piora na função sexual em relação ao domínio desejo e dor quando comparadas a mulheres com MAP funcionais.