Bactérias multirresistentes oriundas de mastite bovina: suscetibilidade a antissépticos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Patrícia Jacob
Orientador(a): Nascente, Patrícia da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6080
Resumo: A mastite subclínica é mais prevalente e é responsável pela perda de 70% na produção, enquanto a mastite clínica ocasiona perdas menores. O objetivo deste estudo foi isolar e identificar bactérias patogênicas de 94 amostras de leite com mastite e testar a suscetibilidade de 38 bacterias multiresistentes a antibioticos frente a antissepticos utilizados no pre e pos dipping atraves de duas metodologias assim como verificar citotoxicidade destes produtos. Destes produtos previamente identificados em tubos de ensaio foram semeadas em agar sangue, e os resultados observados em 24 horas após permanecer 36°C em condições aeróbias. O isolamento bacteriano foi observado em 62 (65,96%) amostras. Após a caracterização bioquímica foram identificados: Staphylococcus spp. Coagulase negativa (n = 29), Staphylococcus spp. Coagulase positiva (n = 6), Corynebacterium spp. (N = 16), Streptococcus spp. (N = 7), Streptococcus uberis (n = 4). Um outro grupo de 38 isolados, sendo identificados como Staphylococcus aureus (11), Staphylococcus lentus (1), Staphylococcus sciuri (1), Kocuria kristinae (2), Kocuria varians (1), Leuconostoc mesenteroides ssp. cremoris (1), Enterococcus casseliflavus (1), Enterococcus faecalis (1), Staphylococcus spp. Coagulase positivo (15), Staphylococcus spp. Coagulase negativo (3). Foram selecionados para serem testados frente a três antissépticos: hipoclorito de sódio, iodo e clorexidine, através do teste de Microdiluiçao em Caldo (MC) para avaliação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM), de acordo com as normas CLSI (Clinical and Laboratory Institute), documento M7-A6 (CLSI 2003). No segundo experimento os desinfetantes foram avaliados através do Teste de Eficiência dos Antissépticos, sendo selecionados para este, cinco isolados bacterianos e três desinfetantes, conforme metodologia adaptada por Schuchu et al. (2008). Depois foi realizado teste de citotoxicidade em frente a células MDBK (Madin-Darby bovine kidney) através do ensaio com sal de tetrazolium (MTT). Dentre os antissépticos testados o que apresentou melhor atividade antisséptica frente às 38 bactérias foi clorexidine, onde 71,05% dos isolados foram sensíveis, já o iodo foi o desinfetante que apresentou menor efeito desinfetante sendo que 21,02% dos isolados se mostraram resistentes. No teste de eficiência dos desinfetantes os melhores resultados foram obtidos com iodo onde o crescimento variou de zero a 2% UFC no tempo de 30’’. Com hipoclorito de sódio a variação foi de zero a 2 % UFC no tempo de 60’’, ambos resultados em salina. O Clorexidine variou seu crescimento, no tempo de 30’’, de zero a 1% UFC, em salina. Quando comparado com matéria orgânica, leite, observou-se que este demonstrou como fator de proteção aos microrganismos. A variação observada no iodo foi de 3% UFC em 15’, já do hipoclorito de 66% UFC no mesmo tempo descrito. Já a clorexidine não observou-se crescimento em 15’. A identificação do agente etiológico é importante para a implementação de métodos de controle e prevenção de mastite e para o monitoramento do rebanho. Mas para isso a escolha adequada do antissépticos, com conhecimento da CIM e do tempo necessario de exposição, é importante para o controle efetivo destas bactérias.