Análise estrutural da Falha da Lagartixa e arredores, Jacobina-BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Cleberson Ernandes de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194426
Resumo: A Bacia de Jacobina (BA) possui longo histórico de exploração de ouro, sendo uma unidade Pré-Espinhaço inserida no contexto do Cráton do São Francisco correspondendo a uma bacia do extensional de idade arqueana, que inclui unidade de metaconglomerados (Formação Serra do Córrego) mineralizados em ouro, com pirita e uraninita detríticas, cuja mineralização é entendida como do tipo “paleoplacer” com influência hidrotermal. A evolução desta bacia é dividida em três etapas principais: sendo a primeira a abertura da bacia com sedimentação dando origem as unidades que compõem a Bacia de Jacobina e na continuidade da extensão do bacia, magmatismo ultrabásico alojado principalmente na forma de diques; já em uma segunda etapa tem-se a inversão da bacia com movimento compressivo (evento Dn) que deu origem aos cavalgamentos e foliação em alto ângulo; como terceira etapa compreende-se os eventos pós-Dn dentre eles se destacam a progressão do esforço compressivo e como último evento na região tem-se o colapso do orógeno. Tal evolução deu à área de estudo uma geometria complexa com descontinuidades tectônicas na direção N-S, e falhas transversais onde contatos litoestratigráficos são truncados. O objetivo principal deste trabalho é o estudo destas falhas transversais sendo elas a Falha da Lagartixa e outras duas falhas, uma a sul (Falha da Maricota), na região do Morro Serra do Córrego e outra a norte, na porção setentrional da área (Sistema de Falhas Sul-Viúva), através do levantamento estrutural de um polígono de 3,5 por 2,5 km. Como resultado desta pesquisa obteve-se que: 1) A Falha da Lagartixa tem atitude 152/55, tendo sua formação iniciada em evento pré- a sin-intrusão dos diques metaultramáficos (abertura da bacia) passando por reativações, com uma delas bem caracterizada, com evidências de movimentação normal; 2) Sistema de Falhas Sul-Viúva corresponde a um sistema com três falhas falhas principais, com planos sub-verticais (duas no Morro da Lagartixa e outra no Morro da Viúva), geradas em fase tardia, com movimentos destrais, sobrepostos por movimentos normais; 3)A Falha da Maricota tem atitude em torno de 160/75, com diques ultramáficos associado ao plano de falha, também correspondendo a uma falha formada na fase distensiva da Bacia de Jacobina com de reativação normal pós-Dn, tal qual é observado na Falha da Lagartixa.