Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Daniela Ferreira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150890
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Resumo: |
A presente pesquisa propõe um índice de sensibilidade ambiental ao óleo para os parâmetros físicos adjacentes a um trecho da rodovia Washington Luís (SP 310) a fim de colaborar com o desenvolvimento de Cartas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo (Cartas SAO) para ambientes adjacentes a rodovias. As Cartas SAO constituem-se em ferramentas interessantes para o auxílio na tomada de decisões em caso de acidentes envolvendo derrames de óleo, visto que apresentam as áreas com maior e menor sensibilidade, colaborando assim nas operações de emergência e com a escolha dos procedimentos adequados de limpeza e remoção. O índice de sensibilidade ambiental para a rodovia (IST) baseou-se em metodologias propostas pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), pelo Ministério do Meio Ambiente e em trabalhos realizados em ambientes terrestres sujeitos a esse tipo de acidente. Os estudos envolvendo as Cartas SAO possuem ampla aplicação nos ambientes litorâneos e fluviais, mas ainda apresentam-se incipientes em ambientes terrestres, entretanto estes devem ser priorizados, pois são frequentes acidentes com derrames de óleo e derivados de petróleo, principalmente próximos a rodovias, visto que o modal rodoviário é um dos mais utilizados atualmente para o transporte desses produtos no Brasil. A metodologia aplicada baseou-se na técnica de compartimentação fisiográfica, pois o IST deve apresentar as características homogêneas de segmentos de interesse e ser representado de forma linear, seguindo as bases propostas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A compartimentação foi realizada por meio da interpretação de imagens orbitais da área de estudo, apoiada por mapas básicos e trabalhos de campo, a fim de determinar zonas homólogas e classifica-las quanto à sensibilidade ambiental ao óleo. Foram delimitados 17 compartimentos, que foram classificados quanto à declividade, textura e espessura do solo, profundidade do nível d’água e permeabilidade. Para cada variável foi determinado um grau parcial de sensibilidade ambiental classificado entre baixo, médio e alto. Foram atribuídos pesos, baseados na importância relativa das diferentes classes, que foram então combinadas de forma ponderada pela ferramenta Weighted Sum, do software ArcGIs, o que possibilitou uma análise integrada dos fatores envolvidos. Os valores finais de sensibilidade ambiental ao óleo foram atribuídos com base no sistema de índices proposto pela NOAA, que utiliza índices de sensibilidade de 1 a 10, sendo este último o mais sensível. No geral, o trecho da rodovia estudado apresentou valores altos e intermediários de sensibilidade, não apresentando os índices de 1 a 4. As áreas mais sensíveis foram classificadas como índices 8 e 9. Esses valores relacionaram-se principalmente à alta ou média sensibilidade das variáveis declividade, espessura do solo e profundidade do nível d’água em grande parte da área de estudo. Conclui-se que a metodologia de sensibilidade ambiental ao óleo para áreas terrestres, especificamente para o modal rodoviário, mostrou-se adequada ao determinar os ambientes com maior e menor sensibilidade, entretanto os parâmetros de análise devem ser ajustados de acordo com a realidade local dos ambientes. Além disso, o uso de ferramentas geotecnológicas mostrou-se eficaz, tornando essa metodologia acessível para estudos futuros. |