Proposta metodológica para elaboração de cartas SAO terrestre: estudo de caso de trecho da rodovia Wilson Finardi (SP-191)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leme, Alexandre Magnum [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Oil
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154188
Resumo: No Brasil, a rodovia se apresenta como um dos modais mais utilizados para o transporte de derivados do Petróleo, consequente a esse fato os espaços ambientais adjacentes a rodovias se destacam como áreas importantes para mapeamentos de sensibilidade ambiental a derrames de óleo. Dados da CETESB (2009) apontam que no período de 1978 a 2009 cerca de 40% dos acidentes ambientais envolvendo produtos perigosos no Estado de São Paulo foram referentes ao transporte rodoviário. As Cartas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo (Cartas SAO) apresentam o índice de sensibilidade ambiental, obtido a partir de características do meio físico e representado num intervalo de 1 a 10, além de informações bióticas e socioeconômicas, representadas na forma de ícones predefinidos. Estas cartas são importante ferramenta de apoio técnico gerencial para a tomada de decisão no planejamento de ações de emergência, em casos de acidentes envolvendo óleo e são amplamente utilizadas em áreas costeiras, onde são produzidas a partir de adaptações de metodologia elaborada pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Não existe, porém, uma padronização destas cartas para ambientes terrestres. A presente pesquisa propõe um índice de sensibilidade terrestre denominado índice socioambiental a derrames de óleo em rodovias (ISS), por contemplar fatores físicos, bióticos e socioeconômicos em sua composição. O presente trabalho realiza também uma comparação entre o resultado do mapeamento realizado com este índice e aquele ancorado somente no meio físico, nos moldes do que é efetuado para ambientes costeiros, como contribuição para a padronização futura das Cartas SAO em ambientes terrestres. Para a elaboração do índice proposto, utilizou-se primeiramente a técnica de Compartimentação Fisiográfica, por meio da qual são estabelecidas áreas com características homogêneas, para posterior classificação da sensibilidade ao óleo. O processo de compartimentação se deu por meio de fotointerpretação de imagens orbitais SPOT 5 e trabalho de campo, o que propiciou a delimitação de 13 Unidades Básicas de Compartimentação – UBCs, classificadas de acordo com cinco parâmetros físicos: declividade, textura e espessura do perfil de alteração do solo , profundidade do nível d’água e densidade de drenagem e cinco parâmetros socioambientais: existência de unidades de Conservação, área ocupada por fragmentos florestais, uso e ocupação do solo, IDHM dos municípios e vulnerabilidade da rodovia. Foram estabelecidos pesos variando de 1 a 3 para cada parâmetro e realizada uma álgebra de mapas no software ArcGIS 10.2.2 (ESRI), para a elaboração das duas cartas de sensibilidade. Na primeira carta, os índices de sensibilidade foram obtidos somente a partir das características do meio físico (IST), enquanto a segunda incorporou na elaboração do índice as características bióticas e socioeconômicas (ISS). Como resultado, a área de estudo apresentou uma maior concentração de índices elevados e intermediários de sensibilidade para o IST e concentração de valores de média a baixa sensibilidade para o ISS. Conclui-se que o índice de sensibilidade ambiental ao óleo utilizando os fatores bióticos e socioeconômicas (ISS) é uma representação mais realista das características do meio terrestre, com produção rápida e objetiva e que permite a aplicação em ambientes similares, embora haja necessidade de atualização constante, por incluir características dinâmicas, como as socioeconômicas.