Distribuição espacial da Leishmaniose visceral no estado de São Paulo, Brasil, no período de 1970 a 2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Paula, Eric Mateus Nascimento de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141983
Resumo: Atualmente, no Brasil, a leishmaniose visceral (LV) é classificada como uma enfermidade reemergente, em processo de transição epidemiológica, juntamente com um aumento da incidência nas áreas endêmicas e presente em quatro das cinco regiões do território nacional. Assim, este trabalho objetiva analisar a evolução e a distribuição espacial da LV no Estado de São Paulo, desde o seu primeiro registro até o ano 2014, com vistas a fornecer subsídios para as autoridades de saúde pública para melhoria do programa de controle. Por meio de um estudo descritivo, dados secundários obtidos junto ao Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e à Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) do Estado de São Paulo foram analisados e tratados em um sistema de informações geográficas (ArcGis 10.1), com confecção de mapas de distribuição. Observou-se que existem dois padrões distintos da distribuição da LV no estado: o da região oeste, definido pela ocorrência de casos humanos, alta prevalência de casos caninos e um maior número de municípios onde L. longipalpis está presente; e o da região leste, caracterizada pela ausência de notificação de casos humanos, até mesmo onde o flebotomíneo e casos caninos são presentes. Deduz-se que a expansão ocidental dos casos caninos e humanos seguindo a mesma rota de expansão do vetor não é coincidência, isso porque os registros do flebotomíneo precedem as notificações da doença no cão e, subsequentemente, no ser humano. A pesquisa serve de base para estudos futuros e fornece subsídios para ações do Programa Estadual de Controle. Sugere-se que haja um contínuo levantamento da presença do vetor e vigilância sorológica dos cães, bem como educação da população para que esteja receptiva à eutanásia dos cães em casos positivos, uma vez que em relação ao ciclo do vetor, nada pode ser feito.