Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Daniel Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182387
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Resumo: |
A Amazônia é um mundo vasto na área de aromas, e os povos da floresta, por sua condição de isolamento, procuram alternativas produtivas mais naturais. Pataqueira Conobea scoparioides (Cham. & Schltdl.) Benth., família Plantaginaceae Juss, é umas destas plantas. O óleo essencial da pataqueira possui boas perspectivas na indústria de fragrâncias, contudo, a sua exploração econômica ainda não é uma realidade devido à sua dificuldade de cultivo. Por se tratar de espécie nativa, com uso tradicional por comunidades, tais sistemas de propagação e produção, baseados em utilização de insumos químicos sintéticos, demanda de altos investimentos e grande complexidade técnica, são pouco acessíveis aos grupos e agricultores que culturalmente se relacionam com esta espécie, além de não serem sistemas ecológicos de produção. O objetivo do presente estudo é desenvolver um protocolo de cultivo para pataqueira (Conobea scoparioides (Cham. & Schltdl.) Benth., de forma conjunta com um grupo de agricultores tradicionais de comunidades do entorno de Belém (PA), assim como estabelecer a cadeia produtiva comercial desta planta, para produção e comercialização da indústria de cosméticos. Para realização dos estudos e do desenvolvimento do sistema de cultivo da pataqueira, foram escolhidas duas comunidades rurais, grupos já realizavam cultivo e coleta de outras espécies aromáticas. Considerando o objeto do estudo, a metodologia utilizada foi “pesquisa ação”, a qual possibilita a coleta e compilação de informações e conhecimentos das comunidades nativas, bem como a construção coletiva de um protocolo de cultivo da planta a partir da relação entre pesquisadores e produtores locais, os quais possuem relação direta com a espécie em questão. Inicialmente realizou-se o levantamento histórico da produção, seguidas de visitas de campo ao ambiente natural da planta, produção experimental, consolidação dos resultados, elaboração do manual de boas práticas de cultivo e, por fim, o cultivo piloto baseando no manual. Os resultados mostram que o processo de produção através das estacas colocadas diretamente nos canteiros apresentou grande potencial, principalmente quando utilizas partes apicais da planta, com utilização de sombrite nos primeiros 15 dias, para proteção do forte sol, altas temperaturas e chuvas, em detrimento dos canteiros rebaixados. Notadamente, as áreas mais ricas em matéria orgânica, bem como as áreas que receberam maiores doses de adubação, foram também as mais produtivas. E ainda, tanto na avaliação de técnicos quanto dos agricultores, a produção em canteiros elevados foi mais eficiente. Verificou-se ainda que a pataqueira é uma espécie que responde bem aos tratos culturais, a produtividade foi tão maior quanto mais intensas as adubações, capinas, entrada e saída de sombrite, irrigação adicional e colheita no memento de plena floração. No sistema proposto, o ciclo da planta passou de 6 para 3 meses, seu rendimento de óleo essencial aumentou em 60%, todas as práticas e técnicas utilizadas são de baixo custo, baixa complexidade, acessíveis e replicáveis pelos próprios agricultores, já que foram construídas e definidas pelas comunidades em interação com os técnicos. |