Agricultura agroecológica no oeste do Paraná : extensionistas, entidades de ater e agricultores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Novakoski, Rodrigo
Orientador(a): Wives, Daniela Garcez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/204090
Resumo: Nesta dissertação, buscou-se pesquisar a agricultura orgânica/agroecológica na região oeste do Estado do Paraná sob aspectos vivenciados por entidades de ATER, extensionistas e agricultores. Como objetivo central, foram pesquisadas as vivências, dificuldades e os elementos que motivam a agricultura orgânica/agroecológica na região. Para tanto, foram entrevistadastrês entidades de ATER: BIOLABORE, CAPA e EMATER; seis técnicos extensionistas e vinte e sete agricultores certificados e em transição para a certificação. A pesquisa foi realizada com agricultores nos seguintes municípios atendidos pelos técnicos extensionistas: Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Palotina, Pato Bragado e São Miguel do Iguaçu. Observa-se que os resultados mais relevantes dessa pesquisa demonstram que a agricultura orgânica/agroecológica da região é dependente de políticas públicas e contratos com órgãos governamentais, especialmente a Hidrelétrica Itaipu Binacional e contratos com prefeituras. As análises demonstraram que agricultores, extensionistas e entidades atuam para além de seus aspectos prático/teóricos, trazendo a subjetividade como um elo importante para manterem-se como atores ativos nas práticas orgânicas/agroecológicas, por tratar-se, antes de tudo, de um “projeto de vida” em respeito para com o próximo, para não poluir/contaminar o meio ambiente e para levar alimentos saudáveis aos consumidores. Outro aspecto importante observado, diz respeito à instabilidade dos contratos de ATER, que possuem um tempo determinado que traz inseguranças a técnicos, entidades e agricultores. Este fato faz com que existam “janelas” nos atendimentos, inconstância profissional e econômica para técnicos e entidades. A agricultura orgânica/agroecológica mostrou-se mais eficiente no retorno econômico bruto por unidade área (R$ 1.634,97/ha/mês/família) se comparada aos dados da agricultura convencional (R$ 1.010,50/ha/mês/família), porém é necessário identificar de forma mais robusta o consumo intermediário de produção para a consolidação deste dado. Outro resultado importante desta pesquisa evidenciou a dificuldade em consolidar a agricultura orgânica/agroecológica por conta da correlação de forças com o agronegócio, a qual foi demonstrada em diferentes relatos dos extensionistas, entidades e agricultores. Outra expectativa perceptível na pesquisa relaciona-se à atuação das prefeituras para a consolidação da agricultura orgânica/agroecológica nos município, no sentido de promover feiras, conscientizar a população, contratar técnicos e inserir mais produtos orgânicos/agroecológicos na alimentação escolar. Desta forma, foi possível concluir que a agricultura orgânica/agroecológica ainda depende muito de questões políticas para ser consolidada, tendo em vista o embate que se faz com o agronegócio no campo produtivo, marketing político, econômico, social e ambiental.