Sisters, O sisters, lets stand up right now: o processo de feminilização do rock na época da contracultura e da Nova Esquerda, 1966-1974

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Milani, Vanessa Pironato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236010
Resumo: O rock dos anos 1960 (especialmente a partir de 1965-66), o qual esteve ligado à contracultura jovem e aos movimentos políticos de esquerda, foi predominantemente pautado por práticas masculinas, tanto por parte da indústria da música quanto das bandas. A masculinidade do rock era reafirmada nas performances ao vivo, nas letras das canções que, em sua maioria eram machistas, e na forma com que roqueiros se vestiam. Tais fatos caracterizaram uma masculinização no rock, contra a qual as mulheres teriam que lutar para se inserirem neste cenário musical. Esse processo paulatino não só de inserção da mulher no rock, mas também da feminilização dele, teria começado a ocorrer na segunda metade da década de 1960, quando o rock alcançou o seu auge – com a explosão dos Beatles, o sucesso dos festivais (Monterey, Woodstock, Newport Festival), a ascensão das bandas psicodélicas de São Francisco –, se aproximou dos ideais da contracultura, o movimento feminista ganhou força e a multiartista vanguardista Yoko Ono se aproximou dos Beatles. Assim, o presente trabalho buscou conhecer e compreender o processo de feminilização do rock, à luz da presença da Yoko Ono neste meio musical, compreendida entre o período em que se aproxima dos Beatles, após iniciar um relacionamento amoroso com John Lennon, em meados dos anos 1960 até metade dos anos 1970, quando o casal abandona suas carreiras artísticas para se dedicar à família, especialmente ao filho Sean Lennon, nascido em 1975. Período que compreende também o momento de ascensão e queda da contracultura, assim como o de consolidação do rock, tanto na indústria da música quanto entre os jovens.