Processos de inclusão e exclusão escolar: um estudo em uma escola pública do ensino fundamental I utilizando o “Index para Inclusão”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Menino-Mencia, Gislaine Ferreira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136321
Resumo: A Educação Inclusiva, como uma nova proposta de cultura escolar que visa o desenvolvimento de uma escola "para todos", é um dos grandes desafios no cenário educacional. No cotidiano escolar, a cultura da homogeneização requer que cada equipe escolar se coloque como partícipe do processo, avaliando a escola que se tem com vistas à superação da cultura da exclusão. Neste universo da inclusão escolar, será necessário um novo olhar pedagógico de todos os envolvidos para o contexto escolar, não na busca de culpados pelas mazelas da educação mas na corresponsabilização pelo ensino e aprendizagem de todos. Assim, este estudo teve como principal objetivo analisar a concepção da equipe escolar, alunos e pais/responsáveis de uma escola de Ensino Fundamental sobre as práticas, políticas e culturas inclusivas, antes e depois de um programa de formação continuada, tendo como subsídio o "Index para inclusão". O estudo foi realizado em uma escola estadual de Ensino Fundamental-Ciclo I de uma cidade do interior do estado de São Paulo, tendo como participantes 16 professores e gestores da equipe escolar, 204 alunos divididos em 11 turmas e 179 pais. Tratou-se de um estudo quase-experimental, em que o procedimento de coleta de dados envolveu o desenvolvimento de um Programa de Formação Continuada, assim como a aplicação dos questionários do Index para todos os participantes envolvidos na pesquisa. Os dados quantitativos dos questionários foram tratados estatisticamente e demonstrados em tabelas, sendo que a análise das questões abertas dos questionários foi feita a partir da análise de conteúdo. Os resultados do estudo revelam significativas mudanças na forma de avaliar culturas, práticas e políticas inclusivas da primeira para a segunda aplicação do Index para Inclusão. Na análise da dimensão A – "Criando culturas inclusivas", a equipe escolar demonstra mudanças positivas em relação ao que estabelecem sobre valores inclusivos, ainda que não tenha apresentado diferenças estatisticamente significativas. Para a dimensão B – "Produzindo políticas inclusivas" que estabelece o desenvolvimento de uma escola para todos e o apoio à diversidade, os dados demonstram diferenças estatisticamente significativas de forma positiva da primeira para a segunda aplicação, do mesmo modo, a dimensão C – "Desenvolvendo praticas inclusivas" que estabelece os eixos construindo currículos para todos e orquestrando a aprendizagem, os resultados foram satisfatórios, demonstrando diferenças estatisticamente significativas. No tangente aos pais, os resultados apontaram um decréscimo nos valores da primeira para a segunda aplicação, demonstrando diferenças estatisticamente significativas. Acreditamos que tal decréscimo tenha ocorrido pelo fato de os pais não terem tempo hábil de perceber melhoras na escola e por responderam aos questionários baseados em concepções preestabelecidas anteriormente ao programa de formação com os professores. Quanto aos alunos, os resultados, em sua maioria, mostraram-se satisfatórios, com diferenças estatisticamente significativas; no entanto, a solicitação dos alunos em serem mais ouvidos apresentou-se como insatisfatória. Em relação à equipe escolar, os professores passaram a ter maior consciência da necessidade de mudanças na escola, olhando para todos os alunos com maior sensibilidade em uma reflexão de autoavaliação e de uma gestão democrática e participativa. Deste modo, este estudo apresentou limitações quanto ao desenvolvimento de um trabalho mais efetivo junto aos alunos e aos pais/responsáveis, assim como nos encontros com a equipe escolar. Assim, entendemos a necessidade de novos estudos e pesquisas voltados para o uso do documento Index para Inclusão como forma de apoiar o processo para a educação inclusiva.