Cartas para Luan: os descaminhos da inclusão entre afetos, memórias e narrativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Leite, Gislaine de Fátima Ferreira lattes
Orientador(a): Castro, Roney Polato de lattes
Banca de defesa: Ferrari, Anderson lattes, Antunes, Katiuscia Cristina Vargas, Orrú, Sílvia Ester, Reis, Fabio Pinto Gonçalves dos, Ribeiro, Cláudia Maria
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00057
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15842
Resumo: A presente pesquisa coloca em evidência a minha trajetória, enquanto professora e pesquisadora, afetada por experiências do cotidiano escolar condicionadas pelas políticas públicas para a Educação Inclusiva e para a Educação Especial na perspectiva inclusiva, como também emaranhada por diferentes memórias e narrativas que tramam meus (des)caminhos e (des)encontros. Dessarte, apresento, nesta teseexperiência, nesta “carta lançada ao mar”, o estudo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Ao trilhar meus caminhos inspirada nas perspectivas pós-estruturalistas, dos estudos foucaultianos e em diálogo com a Filosofia da Diferença de Gilles Deleuze e Felix Guattari procuro problematizar os modos como as políticas de inclusão vão se materializando no cotidiano escolar em três Instituições de Ensino pertencentes à Secretaria Regional de Ensino de São João Del-Rei, Minas Gerais: Escola Estadual Duque de Caxias, Escola Estadual Inácio Passos e Escola Estadual Maurício Zákhia. Por esse viés, destaco a necessidade em explorar os (des)caminhos da Educação Inclusiva e buscar por histórias que fujam a linearidade e das caixas que nos enquadram e aprisionam, navegando por cartografias distintas que desenham outras formas de lutas, enfrentamentos e resistência. Por meio de uma escritaexperiencia, navegamos pelos (des)encontros, memórias e histórias que atravessam a educação, especialmente, a Educação Inclusiva. Assim, ao abrirmos a caixa de ferramentas de Michel Foucault, nos deparamos com instrumentos de pesquisa que nos possibilitaram a entrada no labirinto como a metodologia das cartas – cujo “diálogo” deu existência ao Letrarilhar, Sinfonias de Bethowen e Artemísia. Outras ferramentas metodológicas se juntaram as cartas como a análise documental, o questionário e as entrevistas narrativas on-line, com o intuito de promover espaços de escuta sobre as reverberações e as bifurcações da inclusão. Os desafios enfrentados nos microespaços e nos macroespaços da/na educação que visem construir um ambiente escolar inclusivo e adotar práticas pedagógicas também inclusivas para suas/seus alunas/os com deficiência, Transtorno do Espectro Autista, altas habilidades/superdotação, categorizados como corpos-monstros, como corpos desviantes que não cabem no leito de Procusto, foram contemplados. Tais objeções nos lançam aos mares turvos e agitados na busca por tessituras labirínticas que fujam às mutilações e aos processos excludentes, tão presentes nas instituições educativas. À vista disso, aventuramo-nos pelas águas que refletem Narciso e que banham Ofélia, a partir de encontros epistolares que oportunizaram conhecer e mergulhar pela inclusão menor.