Processos morfofonológicos na formação de nomes deverbais com os sufixos -çon/-ção e -mento: um estudo comparativo entre português arcaico e português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Prado, Natália Cristine [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92219
Resumo: O objetivo desta pesquisa é fazer uma ponte entre o passado e o presente, comparando processos morfofonológicos desencadeados pela derivação, ou seja, processos que alteram a forma dos morfemas. Este trabalho surge da necessidade de se levar em conta para a descrição de determinados contextos não apenas sons, mas fatos de natureza gramatical, principalmente morfológica, por isso dizemos que “quando uma forma básica lexical serve de motivação para uma regra fonológica, acontece um processo morfofonológico” (Cagliari, 2002, p.82). Realizamos este estudo entre duas sincronias da língua portuguesa: o Português Arcaico (PA), dos séculos XII-XIII, e o Português Brasileiro (PB), dos séculos XX-XXI. Nesses dois períodos da língua portuguesa, observamos os processos morfofonológicos desencadeados por dois sufixos derivacionais específicos, formadores de nomes deverbais em PA e em PB, isto é, nomes formados a partir de bases verbais: -çon e –mento, para o PA, e –ção e –mento, para o PB. Para a coleta dos dados no PA, escolhemos como corpus as Cantigas de Santa Maria (CSM), que são uma das fontes mais ricas dessa época e, além disso, de acordo com Mattos e Silva (2006, p.37), os textos líricos são os melhores para o estudo da fonética segmental e prosódica da língua e seus dados, essenciais para o conhecimento do léxico dessa época. Já para a observação do PB, contamos com um recorte do banco de dados do Laboratório de Lexicografia da UNESP (LabLEX) que contém um corpus que possui cerca de 220 milhões de ocorrências do português do Brasil, colhidas em diversas fontes, desde as literárias até as jornalísticas. A partir das palavras provenientes desses corpora, procedemos as analises dos processos morfofonológicos que são condicionados pela formação de nomes deverbais com os sufixos selecionados, utilizando o aparato teórico das teorias...