Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Jonathan Wilians de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/258614
|
Resumo: |
Esta pesquisa propõe uma análise da produção de conteúdo sob a perspectiva das Relações Públicas, que é considerada por Diógenes Lycarião (2012) como uma atividade tradutora dos novos atores midiáticos, dentro da política, mais precisamente dentro das redes sociais governamentais, a partir do questionamento de se é possível separar a atuação destes profissionais de um estigma antigo de controle das massas em função do capital, e colocar a atividade em função do povo, já que eles carregam o potencial relacional. Como base teórica, recorre-se à economia política da comunicação, responsável pela observação da lógica das redes dentro da sua inserção no modo de produção capitalista; às definições de Relações Públicas, suas correlações com a política e as problemáticas advindas de sua atuação dentro do capitalismo; e às definições de contra-hegemonia, consenso e dissenso, para propor medidas alternativas de evolução na atividade. Este trabalho tem como objetivo geral observar a produção de conteúdo nas redes sociais governamentais sob a ótica das Relações Públicas, propondo eventuais ajustes para que a atividade auxilie na criação de espaços dialógicos e verdadeiramente populares. A metodologia aplicada no trabalho foi a hermenêutica de profundidade, de John B. Thompson (2011), aliada à uma análise quantitativa e qualitativa de postagens realizadas na plataforma de rede social Twitter/X, no perfil da Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo, no período entre janeiro e fevereiro de 2022. A partir dos dados obtidos, apresentam-se lacunas na atividade potencial de criação de espaços dialógicos, bem como uma tendência à um afastamento do público dos perfis oficiais governamentais e aproximação dos perfis de personalidades políticas, devido à própria lógica de reprodução de conteúdo das redes e também ao contexto sócio-histórico de polarização política onde o objeto é observado. Tendo isso em vista, o trabalho procura visualizar esse quadro comunicacional sob o prisma das Relações Públicas, propondo uma versão contra-hegemônica de sua atividade para que ela atinja seu potencial popular. As considerações finais exploram que esta ligação das Relações Públicas com a política pode sim ser transformada, através de uma atuação crítica, que observe as diversas nuances dos públicos e de suas relações com o sistema vigente, utilizando assim todo seu potencial de gestão de imagens, relacionamentos e de criação de espaços de dialógicos, principalmente dentro das novas sociabilidades apresentadas pelas mídias digitais. |