Uso e manejo de plantas alimentares em ambientes agrícolas e florestais em Iporanga, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Barbosa, Jomar Magalhães [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93510
Resumo: O objetivo do estudo é descrever e analisar o manejo dos recursos vegetais alimentares e sua relação com a estrutura da paisagem reconhecida por agricultores tradicionais em Iporanga, SP. Os dados foram coletados entre novembro de 2005 e março de 2007. O estudo considerou como unidades amostrais 13 famílias. Em cada unidade da paisagem reconhecida pelos entrevistados foram levantados a disponibilidade e manejo de espécies vegetais alimentares cultivadas e não-cultivadas. Foi calculado o Índice de Saliência para as espécies presentes em ambientes florestados. Um mapeamento das categorias de uso e ocupação do solo foi elaborado a partir de interpretação visual com imagem de satélite SPOT 5 e utilizando o software ArcGIS 9. Pode ser observada uma grande influência do manejo agrícola na configuração da paisagem na área estudada. Das 165 espécies encontradas com a finalidade alimentar, 47,3% são nativas da Mata Atlântica. As espécies que obtiveram maior saliência foram Hymenaea courbaril, Pouteria sp. e Garcinia gardneriana. Além de Euterpe edulis, apenas Astrocaryum aculeatissimum e Syagrus romanzoffiana são espécies nativas já comercializadas. Foram encontradas 79 espécies em roças. A crescente pressão da legislação na manutenção dos espaços florestais gera enorme conflito com o sistema agrícola da região. Foi citada uma crescente diminuição do tempo de pousio das áreas de roça, gerando modificações nas técnicas de cultivo. Com o turismo, os mais jovens têm diminuído seu interesse pela agricultura. Aliar a manutenção do conhecimento tradicional agrícola e florestal com o turismo pode ser uma alternativa para manter este conhecimento. Como 57% da área do estudo está dentro do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR), as leis ambientais têm grande influência sobre a forma de uso do solo. A prática agrícola...