Depósitos minerais secundários das cavernas Santana, Pérola e Lage Branca, município de Iporanga-São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Barbieri, Alex José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-12082015-143035/
Resumo: Neste trabalho são estudados os principais depósitos minerais secundários (espeleotemas) das cavernas Santana, Lage Branca e Pérolas, localizadas no município de Iporanga, região sul do estado de São Paulo. As cavernas desenvolvem-se em rochas carbonáticas da Formação Bairro da Serra, constituídas por metacalcários dolomíticos e magnesianos, com frequentes intercalações de centimétricas a métricas de filitos carbonáticos. A percolação de águas nesses maciços rochosos produzem soluções ricas em \'Ca POT. 2+\', \'Mg POT. 2+\', \"SO IND. 4 \'POT. 2-\' e \'HCO ind, 3-\', capazes de precipitar no interior das cavernas, minerais como calcita, aragonita, hidromagnesita, gipsita, óxidos e fosfatos. São depósitos gerados por gotejamentos, fluxo e armazenamento de soluções, transporte por capilaridade, exsudação, que proporcionam a formação de espeleotemas com hábitos cristalinos, formas e dimensões variadas. A compreensão destes mecanismos deposicionais envolveu experimentos de síntese em laboratório utilizando soluções saturadas de carbonato de cálcio e oxalato de amônio, além de dados químicos e mineralógicos obtidos da coleta de águas, rochas e espeleotemas. Estudou-se a gênese de estalactites, estalagmites, helictites, pérolas, leite de lua, flores, cotonetes, travertinos, dentes de cão, jangadas e crostas. A precipitação da aragonita e hidromagnesita nas cavernas estudadas deve-se principalmente a presença de magnésio nas soluções mineralizantes. Na caverna Lage Branca, este elemento provém de filitos carbonáticos dolomíticos, enquanto no salão Takeopa (caverna Santana), correntes de ar também influenciam a precipitação de pequenas flores de aragonita. A gipsita, por sua vez, juntamente com óxido de ferro, é gerada pela oxidação de sulfatos, principalmente pirita, existente nas rochas carboníticas. A interação de guano de morcegos com rochas e espeleotemas calcíticos da caverna Santana é responsável pela formação de fosfatos como hidroxilapatita e leucofosfita. Pelos resultados analíticos das águas existentes nestas cavernas (freáticas, percolação e estagnadas), nota-se que possuem diferentes índices de saturação da calcita. Apresentam tanto comportamento agressivo (rio subterrâneo), como soluções saturadas (gotejamento das estalactites) que precipitam constantemente material carbonático.