Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Torres, Ane Pamela Capucci [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152060
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Resumo: |
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma zoonose endêmica em diversos municípios brasileiros, com transmissão canina e humana no município foco deste estudo. Elevados níveis de erros em inquéritos realizados sobre o tema sugerem a adoção de ações de educação em saúde como estratégia preventiva. A remodelação da Saúde Única na Atenção Básica contempla atuações multiprofissionais na rotina do Serviço de Saúde. Assim, o médico veterinário, inserido nos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF), além da detecção de pontos críticos, poderá promover a implantação de medidas de educação em saúde para os agentes comunitários de saúde (ACS). Este estudo tem como objetivo implantar um programa de orientação para o controle da leishmaniose visceral canina dirigido a ACS. Para tanto, foram implementadas estratégias de formação continuada direcionada aos 93 ACS das seis equipes de Estratégia Saúde da Família, para o controle de LVC. Investigou-se o grau de conhecimento desses agentes, antes e após a intervenção pedagógica. Os dados extraídos foram analisados mediante estatística descritiva e as proporções pareadas, respostas classificadas em corretas e incorretas, por Teste de McNemar. Os resultados permitiram verificar mudança positiva do conhecimento dos ACS, após a atividade educativa, quando comparados ao conhecimento prévio dos entrevistados. Em relação à definição do termo Zoonose, passou de 5,4% para 95,7% de acertos. Antes do programa de orientação, 52,7% tinham conhecimento da existência de vacina na prevenção da LVC, chegando a 91,4% pós orientação. Apesar de 97,9% dos ACS, na primeira entrevista, terem conhecimento de como deve ser realizado o controle da doença, 12,9% tiveram dúvidas de como evitar a transmissão. Quanto ao tratamento dos cães, 30,1% não sabiam da existência e os critérios para ser realizado, chegando a 98,9% de acertos na segunda entrevista. No levantamento epidemiológico dos casos no município, foi observada relação entre a menor ocorrência 11,57% dos casos e os ACS mais preparados. Como resultado positivo, considerou-se a grande aceitação do trabalho por parte dos enfermeiros responsáveis pelas equipes. Assim, é evidente a necessidade e a utilidade de se estabelecer uma ligação entre os ACS que trabalham como multiplicadores junto à comunidade, e auxiliar nos direcionamentos das estratégias de abordagem aos moradores e das ações de combate, principalmente, a prevenção. É necessária a implantação de programas de orientação para o controle de LVC para os ACS para que estes possam divulgar informações casa a casa, identificar situações de risco e encaminhar aos setores responsáveis. É fundamental para essa mudança a inclusão do médico veterinário na Atenção Básica realizando a orientação adequada por meio da educação continuada dos ACS. |