O decoro do romance em antónio da fonseca soares: estudo sobre um gênero poético em profunda contradição social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nascimento, Dimas Caetano do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236832
Resumo: A partir das operações internas da chamada “instituição retórica”, definidora de convenções para a poesia letrada, durante séculos, estabeleceram-se regras de decoro para o “Romance”, enquanto gênero poético de origem oral e bastante ligado à poesia popular, sendo também de grande circulação no século XVII português, enquanto gênero apropriado à poesia de corte. Com isso em vista, esta dissertação debate diversas possibilidades de composição de poemas do gênero, focando principalmente a poesia lírica atribuída a António da Fonseca Soares (Vidigueira, Portugal, 1631-1682), considerado um dos melhores engenhos e romancistas do seu século e lugar. Metodologicamente, recorreu-se às reflexões histórico-sociais de Curtius, Zumthor e Menendez Pidal; às reflexões retórico-literárias de Hansen, Carvalho, Pécora e Muhana e, finalmente, a algum suporte filológico propiciado pela busca à tradição das práticas letradas desde a Antiguidade Greco-Romana, com auxílio mais uma vez de Hansen e outros. Os resultados finais mostram, por intermédio de alguns casos estudados, a flexibilidade e a versatilidade do gênero, na emulação do popular pelo erudito/culto, praticado como modo de controle da voz vilã e demonstração virtuose retórico-poética, entre letrados cortesãos do século XVII.