Saúde e espiritualidade no Brasil (séculos XVII e XVIII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Edson Tadeu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215028
Resumo: A clerezia, no mundo católico tridentino, tomou a palavra com a finalidade de conduzir os fiéis no caminho da salvação das almas. Para cumprir esta missão, conquanto, não se apartou a espiritualidade da vida cotidiana. Em livros e folhetos piedosos, os religiosos aproveitaram o espaço para evangelizar as gentes através de assuntos aparentemente inusitados, digamos, como o papel da fé para os doentes e na cura dos corpos. Enveredar a pregação nesse sentindo teria algumas vantagens para a propagação dos valores da Igreja de Roma, como a maior e melhor adesão do povo aos ritos do catolicismo a adoração aos santos, relíquias, devoções e sacramentos. Por sua vez, as pessoas que se valeram da religiosidade para o alívio de dores e de feridas reafirmaram a própria confissão conforme testemunharam experiências venturosas. O Brasil de fins do século XVII até meados do XVIII, período áureo para o impresso religioso na margem americana do Atlântico, não escapou à mesma lógica: os textos legaram a prescrição de práticas virtuosas para recobrar a saúde e a descrição pormenorizada das enfermidades das pessoas. Tendo em mente o ambiente espiritual em questão, o presente estudo visa investigar a moralidade relativa ao fato de enfermar e de sarar, isto é, como concepções chave, como vício e virtude, nortearam o que o clero disse a propósito e como os sujeitos, alvos da prédica, fizeram escolhas e realizaram ações conforme o que se dizia.