Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Diogo, Lúcia Maria Izique [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153996
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Resumo: |
O presente estudo objetiva estabelecer padrões elastográficos normais das principais estruturas da articulação femorotibiopatelar (joelho) de cães saudáveis, em diferentes faixas etárias. Foram examinados 30 cães (60 articulações) da raça Beagle sem alterações musculoesqueléticas, os quais foram distribuídos em três grupos: jovens, adultos e idosos. Realizou-se elastografia ARFI do ligamento patelar, menisco medial, ligamento cruzado caudal e ligamento cruzado cranial de cada articulação. Análises qualitativas e quantitativas detectaram correlação positiva da velocidade de cisalhamento, ou seja, da rigidez das estruturas, com a idade dos cães. O ligamento patelar apresentou aumento gradual de sua rigidez em relação à idade; já o menisco e os ligamentos cruzados mostraram-se mais rígidos nos filhotes do que nos adultos, mas também revelaram suas maiores rigidezes nos animais idosos. Avaliou-se também a diferença de elasticidade das estruturas de acordo com o gênero e a condição reprodutiva dos animais. As fêmeas apresentaram todas as estruturas mais rígidas que os machos, com velocidades de cisalhamento diferindo entre 0,30 e 0,36 m/s dentre os dois gêneros; e apenas o menisco medial não se mostrou mais rígido nos animais castrados em relação aos inteiros, sendo a diferença daquele de apenas 0,02 m/s e a dos ligamentos de 0,40 a 0,47 m/s entre os grupos. Já quanto ao peso, não houve significância estatística em relação à elasticidade das estruturas. Tais achados corroboram os dados literários de maior prevalência de insuficiência ligamentar em cães mais idosos, em fêmeas e em animais castrados. Conclui-se, portanto, que a elastografia ARFI é exequível em joelhos caninos e que sua aplicação se mostra potencialmente efetiva não só como método de diagnóstico precoce de alterações ligamentares e meniscais, mas também para avaliação da repercussão de instabilidades no membro contralateral e do impacto de tratamentos cirúrgicos e fisioterápicos sobre tais estruturas. Acredita-se que a elastografia será um divisor de águas na insuficiência do ligamento cruzado cranial, possibilitando a elucidação de questões importantíssimas e ainda tão polêmicas da afecção, desde sua fisiopatogenia, fatores predisponentes e agravantes até o real sucesso terapêutico desta. |