Ácido salicílico na mitigação de estresses em tomateiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Aires, Eduardo Santana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/238666
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas fisiológicas, bioquímicas e produtivas provocadas pela aplicação foliar de ácido salicílico (AS) em plantas de tomateiro. Assim, dividimos essa pesquisa em dois capítulos; com capítulo I investigamos a resposta de tomateiro cultivado em ambiente protegido e submetido à aplicação de doses de AS. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso (DBC), com cinco tratamentos: 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mM de AS e quatro repetições. As aplicações foram realizadas semanalmente dos 15 aos 60 dias após o transplantio (DAT). Analisou-se aos 45 e 60 DAT a atividade das enzimas SOD, CAT e POD, peroxidação lipídica, prolina, fluorescência da clorofila a, trocas gasosas e altura das plantas. Ao final do experimento computou-se a produção total, comercial e peso dos frutos. A aplicação foliar de AS reduziu o estresse ambiental, através da ativação de enzimas antioxidantes que reduziram a peroxidação lipídica, também reduziu o qNP e aumentou a eficiência do fotossistema II e ETR. As tocas gasosas também foram melhoradas pela ação do AS amentando a gs, que favoreceu A e A/Ci. Por fim, a dose entre 0,5 e 0,8 mM de AS favoreceu a produção total e comercial do tomateiro. Assim, a aplicação foliar de AS reduz estresse oxidativo e aumenta a eficiência fotossintética e produtiva em plantas de tomate. No capítulo II, objetivou-se avaliar o efeito mitigatório do AS em tomateiro sob défice hídrico, as aplicações das doses 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mM de AS foram realizadas semanalmente dos 15 aos 60 DAT, avaliamos a assimilação de CO2 (A), condutância estomática (gs), transpiração (E), eficiência no uso da água (EUA) e eficiência de carboxilação (A/Ci) aos 15, 30 e 45 dias de défice hídrico continuo, como também, a produtividade de plantas de tomateiro em ambiente protegido, em dois anos consecutivos (2019 e 2020). Os resultados mostram que o défice hídrico reduziu a A, gs, E e A/Ci das plantas de tomateiro e a aplicação foliar de AS aumentou esses parâmetros em todas as épocas de avaliação, resultando em valores semelhantes ou até maiores que em plantas sem restrição hídrica. Além disso, o estresse hídrico causou aborto floral nas plantas de tomateiro, sem a aplicação de AS, reduzindo o número de frutos e produção total e comercial. Em contrapartida, plantas que receberam cerca de 1.3 mM de AS aumentaram a A e A/Ci e translocaram os fotoassimilados, principalmente, para as flores e frutos, reduzindo o aborto floral e aumentando a produção total e comercial de frutos. Assim, a aplicação foliar de AS é eficiente na mitigação dos efeitos deletérios do défice hídrico em tomateiro sobre as trocas gasosas e produção. A aplicação foliar desse regulador vegetal pode ser indicada para condições de campo em regiões com baixa disponibilidade hídrica ou em supressão hídrica por motivos climáticos.