Biosusceptometria de corrente alternada para avaliação da contratilidade uterina em ratas prenhes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Simões, Luís Gustavo de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182173
Resumo: A contração uterina é um processo fisiológico espontâneo com impacto direto no ciclo menstrual/estral e na gestação. Disfunções na atividade uterina estão relacionadas com infertilidade, abortos e partos prematuros, sendo este último a maior causa de mortalidade e morbidade infantil no mundo. Sendo assim, se faz necessário o desenvolvimento de metodologias in vivo para monitorar o processo mecânico uterino. O objetivo deste trabalho foi aplicar a técnica de Biosusceptometria de Corrente Alternada para avaliação in vivo da atividade mecânica uterina em ratas prenhes. Foram utilizadas 40 ratas fêmeas Wistar prenhes com idade entre 10 e 15 semanas e com peso médio de 250 g. Através da Biosusceptometria de Corrente Alternada, 18 animais foram utilizados para avaliação da contratilidade uterina durante a prenhez e 8 foram usadas para avaliação da atividade uterina frente à ação da ocitocina. Na primeira etapa foi realizada uma cirurgia de fixação do marcador magnético em três posições da serosa uterina: próximo ao ovário; na região média entre o ovário e a cérvice; e próximo à cérvice. A atividade uterina foi monitorada nos dias 0, 7, 14, 20 e 21 de prenhez para cada posição do marcador. Na segunda etapa, foi realizado o implante do marcador magnético somente próximo à cérvice, e a atividade foi avaliada antes e depois da administração de ocitocina no dia 20 de prenhez. Os resultados obtidos foram perfis de contração para cada situação proposta, os quais apresentaram contrações basais de alta e baixa frequência e contrações intensas. Durante a evolução da prenhez, foi observado uma atividade discreta e irregular no primeiro terço, quiescência no segundo terço, transição no dia 20 e atividade intensa regular pré-parto. A ocitocina provocou a excitação da atividade uterina por meio da indução de contrações intensas e regulares, revelando um perfil similar ao obtido no dia 21 de prenhez. A análise dos resultados mostrou que o útero exibe perfis de contração distintos em cada etapa da prenhez, bem como uma evolução da atividade contrátil visando o desenvolvimento e expulsão do feto. Este trabalho fornece uma nova ferramenta para contribuir com novos estudos de patologias, hormônios e medicamentos que alterem a contratilidade normal uterina durante a gestação.