Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Faria, João Victor Carneiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192214
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Resumo: |
Nanopartículas magnéticas (NPMs) têm sido alvo de vários estudos por conta de sua versatilidade, que se destaca quando comparadas a outros materiais. NPMs apresentam tamanho reduzido, alta susceptibilidade magnética e devido a possibilidade de alteração química de revestimento, apresentam um alto poder teranóstico. Entretanto, antes de aplicá-los clinicamente é de extrema importância conhecer seus destinos e possibilidades de interação no organismo. A quantificação da biodistribuição de NPMs por meio de suas características intrínsecas ainda se mostra como um desafio. A Biosusceptometria de corrente alternada (BAC) é uma técnica biomagnética que atua detectando a quantidade de materiais magnéticos em ambientes biológicos. Essa técnica, em relação às demais presentes no mercado, apresenta baixo custo e portabilidade. Baseado na problemática em torno da detecção e quantificação de NPMs, nesse estudo foi analisada a biodistribuição e eliminação de NPMs de ferrita de manganês revestidas com citrato e albumina via sistema BAC. Para isso, foram utilizados 100 ratos Wistar, separados em 2 grupos experimentais (NPMs revestidas com albumina e citrato) e 10 subgrupos, variando o tempo de eutanásia dos animais (1, 4, 12, 24 e 48 horas e 5, 10, 15, 30 e 60 dias após a administração). Para análise da biodistribuição, foram coletados 5 órgãos de interesse: fígado, pulmão, baço, rins e coração, além do sangue e, para análise da eliminação, foram coletadas as fezes dos animais. Foi possível observar a maior captação pelo baço e fígado (1 hora após a administração, o fígado apresentou uma concentração de 0,782 ± 0,08 miligramas de NPMs por grama de tecido seco (mg/g) o baço 0,643 ± 0,06 mg/g de NPMs revestidas com citrato. Para NPMs revestidas com albumina, no fígado foi detectado uma concentração de 1,049 ± 0,05 mg/g de NPMs e, para o baço, 0,723 ± 0,06 mg/g de NPMs). Apesar da alta captação do baço, a partir de 30 dias não foi possível detectar NPMs revestidas com citrato nesse órgão. Em 60 dias foi comprovada a ausência de NPMs de ambos os revestimentos no baço e um decaimento significativo no fígado (0,01 ± 0,009 mg/g de NPMs para NPMs revestidas com citrato e 0,03 ± 0,01 mg/g de NPMs para NPMs revestidas com albumina) demostrando a existência de um mecanismo endógeno de metabolização e/ou agregação das NPMs. Através de um modelo farmacocinético, foi possível determinar o tempo de meia vida de distribuição e eliminação para fígado e baço, obtendo valores no fígado para NPMs revestidas com citrato de 1,95 minutos e 12,8 dias para distribuição e eliminação, respectivamente, e 1,85 minutos e 2,4 dias para NPMs revestidas com albumina. Já para o baço, para NPMs revestidas com citrato o tempo médio de distribuição foi de 36,4 minutos e de eliminação 1,4 dias, e para NPMs revestidas com albumina, 2 minutos e 2,6 dias respectivamente. Além da biodistribuição, foi possível determinar a eliminação de NPMs via fezes. O sistema BAC se mostrou eficiente para detecção de NPMs e estudos futuros serão realizados para melhor compreensão dos mecanismos de eliminação e/ou metabolização dessas partículas. |