(E)leitores e a última hora (1951-1953): entre a propaganda varguista e a responsabilidade com o leitor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Serrano, Mateus Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215177
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar a participação da população durante o Segundo Governo Vargas (1951-1954) pela perspectiva do jornal Última Hora. Para realizar este objetivo, concentramos nossa atenção na investigação de colunas que referenciam a organização trabalhista, como é o caso da coluna intitulada “O dia do presidente” que, além de fazer alusão a greves populares, incorporava discursos apaziguadores aos leitores-alvo, em consonância com o governo de Getúlio Vargas. A escolha do Última Hora, desse modo, deve-se ao fato do jornal ter desempenhado uma atividade única entre os periódicos da época, organizando um canal de comunicação entre o presidente e os trabalhadores. O resultado deste estudo indica que a população esteve à frente das reformas sociais, exigindo o cumprimento dos acordos da esfera governamental, a fim de assegurar direitos sociais e trabalhistas. A pesquisa, nesse sentido, traz importantes contribuições, uma vez que nos foi possível verificar um distanciamento em relação à imagem do Presidente da República como doador de benefícios. Além disso, o jornal apresenta um cenário mais próximo da realidade, permeado de negociações (patronais e sindicais), inépcia do poder administrativo e rompimento de acordos estabelecidos, ocasionando greves e paralisações que agitaram o ambiente político dos anos 1950.