Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Carminatti, Natália Pedroni [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154576
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Resumo: |
As novelas chateaubrianas inauguraram um novo fazer literário, graças à coerência ideológica que nelas encontramos: estamos na presença de textos que evocam a excelência do Cristianismo, no período posterior à Revolução Francesa de 1789. E tratar da religião cristã em um período, cuja fé deixou de ser significativa, representou uma infinidade de idealizações para Chateaubriand. Refletir o jogo das paixões sob a ótica do Cristianismo exigia um estudo mais amplo: investigar a teologia a partir da gênese do Eu e da arqueologia dos desejos. Pensando nisso, a eloquência desses escritos ficcionais pediu uma teoria que, se não os explicasse integralmente, ao menos, pudesse acalmar as contrariedades do coração humano. Sendo assim, à luz do ideário pré-romântico de François-René Auguste de Chateaubriand, elevou-se o Génie du christianisme (1802), obra apologética redigida para comedir o sentimento melancólico e comprovar a superioridade da doutrina cristã. Nessa perspectiva, o presente trabalho propõe uma minudente análise de suas narrativas indígenas que, pela mente inquieta do memorialista, puderam, em um mesmo volume, servir de exemplos à poética cristã traçada no Génie. A princípio foram ilustrações; mas, ulteriormente, publicadas separadamente, ofereceram-nos distintos horizontes de interpretação que, incorporados, testemunharam a magnificência da religião cristã católica. Nesse sentido, selecionamos Les Natchez (1826), Atala (1801), René (1802) e Les Aventures du dernier Abencérage (1826) com o propósito de reconstruir o universo paradisíaco do Éden, antes da Queda do homem, a fim de estimular o renascimento da consciência cristã. A despeito de Les Aventures ter sido escrita em 1810, posteriormente à publicação do Génie, nela também observamos o triunfo do Cristianismo não mais em terras americanas, mas no Ocidente, na Espanha. Posto isso, o escopo da presente pesquisa é demonstrar que das consonâncias e dissonâncias emergiu um paradoxo, aquele referente ao romanesco mundo mítico cristão. Para tanto, ancoradas nas produções contemporâneas de Fabienne Bercegol (2009), Jean-Claude Berchet (2012), Béatrice Didier (2006), Pierre Glaudes (2013) e outros especialistas franceses, exploramos o microcosmo chateaubriano repensado sob uma perspectiva vertical, aquela do Eu cristão. |