Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Brito, Luciana [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/103665
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Resumo: |
O presente trabalho visa mostrar que o jornal O Pão (1892-1896), da Padaria Espiritual, além de colaborar para a consolidação das Letras no Ceará, na medida em que permitiu uma maior popularização da incipiente literatura local e regional através da publicação e difusão das obras dos padeiros, também serviu como instrumento de intervenção destes na realidade social cearense com a intenção de modificá-la. Através d’O Pão, os padeiros sentiram-se capazes de criticar, apontar direções e, em muitos casos, modificar a realidade social em que viviam. Negando as transformações oriundas da Belle Époque, passaram a defender o modo de vida simples dos cearenses, ao mesmo tempo em que criticavam as contradições sociais, políticas e econômicas do momento. Neste contexto, a literatura, além de servir como meio de retratar a realidade local, também funcionava como forma de desenvolvimento intelectual, o “pão para o espírito”, como diziam os padeiros. Daí a preocupação com a criação de um público leitor e a valorização do profissional das Letras. Por outro lado, a defesa da representação da realidade brasileira, por parte dos padeiros, necessária para a formação de uma consciência nacional, criou uma barreira à estética simbolista, que chegava à província, uma corrente contrária à arte objetiva e que não correspondia aos modelos literários pré-estabelecidos. |