Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Mariana Roberta [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/257320
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Resumo: |
Os citros estão entre as frutíferas mais cultivadas no mundo. Seus frutos são consumidos principalmente na forma de suco e in natura. Um dos fatores que afetam a produção de todas as culturas, incluindo os citros, é o déficit hídrico que, além de comprometer a produção, contribui para reduzir a vida útil dos pomares. Embora tradicionalmente se empreguem porta-enxertos tolerantes à seca e sistemas de irrigação para mitigação deste estresse, há carência de genótipos de copa que possam ter algum nível de tolerância ao déficit hídrico. Neste trabalho, avaliou-se, em condição controlada, a reação ao déficit hídrico de 23 genótipos de laranjeira-doce e tangerineira enxertados em dois porta-enxertos contrastantes em vigor e tolerância à seca, limoeiro ‘Cravo’ e trifoliata ‘Flying Dragon’. Estes genótipos apresentaram anteriormente maior longevidade em cultivo de sequeiro mesmo enxertados em trifoliata ‘Flying Dragon’. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Fundação Coopercitrus Credicitrus, Bebedouro-SP, nos anos de 2022 e 2023. As mudas foram acondicionadas em sacolas de 4,5 L e distribuídas em bancada de concreto. O delineamento experimental foi feito em blocos casualizados, em esquema de parcelas sub subdivididas, sendo 26 copas, 2 porta-enxertos e 2 regimes de irrigação com seis repetições de uma planta. As variedades controle foram: laranjeira ‘Valência’ [Citrus × sinensis (L.) Osbeck], tangerineira ‘Ponkan’ (C. reticulata Blanco) e limeira-ácida ‘Tahiti’ (C. latifolia Tanaka) O regime de irrigação foi definido em (i) irrigação diária com 500 mL por planta e (ii) suspensão total do fornecimento de água até a murcha visual. Dois experimentos foram avaliados, na primavera e outono, medindo-se: tempo para atingir a murcha visual (dias), área foliar do broto (cm²) e tamanho do broto (cm) após poda no início dos tratamentos, índice de conteúdo de clorofila (ICC) e medições gravimétricas. Em 2023, experimento de outono, avaliou-se ainda a massa seca de raiz e a temperatura do dossel das plantas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott (fator variedade de copa) e t de Student (fatores regime hídrico e porta-enxerto) a 5% de probabilidade. As variáveis foram comparadas em termos absoluto e relativo. Além disso, foi realizada a correlação entre caracteres e análise multivariada de componentes principais. As tangerineiras ‘Burgess’ e ‘Ponkan’ obtiveram as maiores médias de tempo para murcha (dias), independente do porta-enxerto empregado e do ano de avaliação. Por outro lado, a laranjeira ‘Jaffa’ apresentou baixa tolerância à seca em casa de vegetação sobre ‘Flying Dragon’ e ‘Cravo’ nos dois anos avaliados. A laranjeira ‘Vidigueira’ e tangerineira ‘Yoshida’ foram aquelas que, em média, perderam menos em comprimento de broto. A laranjeira ‘Comum Resistente ao Frio’, manteve uma grande área foliar mesmo tendo um maior tempo de murcha. Tangerineiras demonstraram menores índices de conteúdo de clorofila e área foliar do que laranjeiras. A formação de grupos distintos quanto à massa seca de raiz indicou que a copa de fato influenciou no crescimento do sistema radicular, sendo uma relação recíproca. O tempo para murcha aparente foi uma variável inversamente relacionada com a maioria das variáveis biométricas, corroborando que poderia ser um critério adicional para a seleção rápida de genótipos de citros para déficit hídrico. Conclui-se que as copas de laranjeiras ‘Jaffa’ ‘Bidewells Bar’ ‘Caprichosa’ e ‘Pera Vidigueira’ e tangerineiras ‘Carvalhais 173’ ‘Carvalhaes 178’ foram as mais tolerantes ao déficit hídrico em casa de vegetação e apresentam potencial para avaliação em condições de campo. |