Análise da eficácia clareadora e dos efeitos adversos provocados pelo uso da luz violeta no clareamento dental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gallinari, Marjorie Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
LED
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183364
Resumo: Pesquisadores tem proposto um clareamento dentário apenas com a irradiação da Luz violeta (VIO), sem a necessidade do gel clareador. Portanto foi o objetivo deste trabalho avaliar in vitro e in vivo este novo tratamento associado com diferentes concentrações de peróxido de hidrogênio (PH) quanto a sua eficácia clareadora e os possíveis efeitos adversos. Para o estudo in vitro, foram selecionados 567 (n=67) dentes e distribuídos em 9 grupos: Sem Gel(SG)-Sem Luz(SL), PH17,5%-SL, PH35%-SL, SG-LED/Laser(LED), PH17,5%-LED, PH35%-LED, SG-VIO, PH17,5%-VIO e PH35%-VIO. A aplicação dos géis seguiu as recomendações do fabricante. O LED foi irradiada 3 vezes de 3 minutos, a VIO foi irradiada 3 vezes de 7 minutos. Após os procedimentos clareadores, foram realizadas as análises de alteração cromática superficial e intensidade de fluorescência (n=10), considerando 5 tempos de análise (T0-inicial, T1-1º sessão, T2-2º sessão, T3-3º sessão, T4-14 dias após), alteração de cor em profundidade (n=15), condutância hidráulica (n=10), difusão do PH (n=10), viabilidade celular (n=8) e a variação da temperatura intrapulpar (n=10). Os dados foram submetidos à testes estatísticos adequados para cada tipo de análise. A VIO quando utilizado isoladamente proporcionou alterações cromáticas superficiais e em profundidade, mas seu efeito foi estatisticamente menor do que o proporcionado pelo gel clareador. Na fluorescência, o T1 e T3 do PH35%-SL foram diferentes. A difusão do PH e a permeabilidade dentária, os grupos PH35% apresentou os maiores valores, sendo potencializado quando associado com LED/Laser. No metabolismo celular, os grupos PH35% apresentaram os menores valores, e a VIO isolado aumentou a temperatura intrapulpar e diminuição da viabilidade celular. Para a parte in vivo do estudo, inicialmente foram selecionados 6 pacientes e distribuídos em 3 tratamentos para o estudo piloto (n=2): Peróxido de Carbamida (PC) 10%+VIO, VIO e PH17,5%+VIO. Somente o lado direito associou a irradiação com a VIO com gel clareador, enquanto que o lado esquerdo recebeu apenas a aplicação do gel clareador. Foram realizadas 9 sessões clínicas, sendo que em cada sessão, foram realizadas 20 irradiações de 1 minuto com intervalo de 30 segundos. Os pacientes que receberam PC10%+VIO apresentaram maior diferença entre as hemi-arcadas, com resultados positivos para o lado que recebeu a associação com a luz, porém constatou-se maior sensibilidade dentária nesta associação. No segundo estudo, foi selecionado o tratamento com a maior diferença observada no estudo piloto (PC10%+VIO). Então foram selecionados 20 pacientes, e a seleção das hemi-arcadas e tratamentos foram realizados por sorteio. O gel clareador foi aplicado por 8 horas diárias pelo paciente e o mesmo retornou ao consultório 2 vezes/semana durante 3 semanas para irradiação com a VIO por 30 minutos em cada sessão clínica. Os dados foram submetidos à testes estatísticos ANOVA 2 fatores com medidas repetidas e observou-se que o hemi-arco que recebeu a associação apresentou resultados favoráveis na alteração de cor, porém houve um aumento da sensibilidade dentário, mesmo após o término do tratamento (14 dias após). Conclui-se que o uso da VIO com géis menos concentrados apresentam eficácia satisfatória, porém deve-se ser utilizado com cautela para não causar efeitos colaterais.