Efetividade da técnica de clareamento com led violeta associada ou não a agente clareador: uma revisão sistemática e estudo in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Leite, Juliana Squizatto lattes
Orientador(a): Gomes, João Carlos lattes
Banca de defesa: Ayala, Alfonso Sanches lattes, Arraes, César Augusto, Pupo, Yasmine Mendes lattes, Bandéca, Matheus Coêlho lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Departamento de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Luz
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4028
Resumo: Atualmente, há uma grande preocupação com a estética em que dentes brancos são muito desejados. Sendo que vários produtos comerciais são lançados buscando fornecer maiores resultados estéticos em menor tempo ou com menor presença de efeitos adversos. Dentro desse contexto, buscando minimizar o risco de sensibilidade pós-operatória desenvolveu-se a técnica de clareamento com diodo emissor de luz (LED) violeta. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi de avaliar a efetividade e as alterações morfológicas e estruturais do clareamento com LED violeta se comparado ao clareamento com agentes clareadores de diferentes concentrações. Para um primeiro estudo, realizou-se uma revisão sistemática respondendo a pergunta de pesquisa: Na população adulta, o LED violeta é um clareador dentário efetivo se comparado ao clareamento com agentes clareadores? Foram incluídos estudos clínicos randomizados, não houve restrição de ano na busca e de idioma. Realizou- se busca nas bases de dados Pubmed, Cochrane Library, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scopus e Web of Science. O risco de viés (RoB 2) foi obtido a partir da ferramenta da Colaboração Cochrane. Após avaliação dos artigos, 5 foram incluídos para avaliação qualitativa, os quais apresentaram baixo risco de viés. No geral os estudos que utilizaram protocolos clareadores de consultório utilizaram agentes clareadores de alta concentração, observaram pouca ou nenhuma sensibilidade dentária com o uso de LV apenas, e sugeriu-se que a associação de LV com gel clareador apresentou maior eficácia clareadora que apenas o gel clareador. Entretanto, como não foi possível realizar uma avaliação quantitativa (metanálise), ainda são necessários mais estudos clínicos para comprovar se essa associação realmente é mais eficaz. Sugere-se a realização de novos estudos clínicos randomizados com padronização de análise de cor. Para um segundo estudo, realizou-se uma avaliação in vitro da microdureza do esmalte dentário e da composição mineral do esmalte por meio da microscopia eletrônica de varredura (MEV) com espectroscopia por energia dispersiva (EDS) em três tempos: inicial (T0), imediatamente após o término do protocolo clareador (T1) e 7 dias após o término do protocolo clareador (T2); e da variação da cor, por meio da Variação de cor no espectrofotômetro Vita Easyshade (ΔE1976, ΔE2000) e Índice de brancura (ΔWID), após a realização de clareamento com LED violeta em dois tempos: inicial (T0) e 7 dias após o término do protocolo clareador (T2). Para tal, confeccionou-se 70 corpos de prova em que se realizou 7 protocolos clareadores: LED violeta (LV), peróxido de hidrogênio 35% (PH35), peróxido de carbamida 10%(PC10), peróxido de hidrogênio 10% (PH10) e a associação desses géis com LED violeta (LV+PH35, LV+PC10 e LV+PH10). Realizou-se o teste ANOVA a um critério com pós teste de Tukey (α =0.05) para comparar o efeito de cada técnica de clareamento quanto a microdureza e a análise de cor. Já os dados do MEV com EDS foram analisados apenas qualitativamente. A microdureza apresentou diferença significativa entre os grupos apenas imediatamente após o término do protocolo clareador (p<0.05) e observamos redução da microdureza entre T0 e T1 para os grupos PH35 (p<0.01) e PH10 (p<0.05), sendo essa restabelecida em T2 (p>0.05). Já para o grupo PC10 observamos aumento significativo da microdureza entre TO e T2 (p<0.01). Com relação ao MEV com EDS observamos redução da porcentagem mineral T1 no grupo LV, entretanto, em T2 foi reestabelecida. Com relação a cor, observamos que não houve diferença entre os grupos avaliados para o índice de brancura (p>0.05), e que, para os demais índices apenas o grupo LV+PH10 apresentou diferença significativa (p<0.05). A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que o uso do LV não afetou a morfologia dentária e se mostrou efetivo como clareador.