Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Paulo Sérgio [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150522
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Resumo: |
No século XVIII, o filósofo napolitano Giambattista Vico faz uma crítica ao racionalismo cartesiano, refutando a tese de que as ciências naturais pudessem alcançar a verdade. Seu pensamento reivindica, para a imaginação, a linguagem e a história – dimensões negligenciadas pela corrente racionalista – um status prioritário para a obtenção de conhecimento verossímil. A atenção exacerbada para atividades puramente racionais, como a matemática e a lógica, para a obtenção de conhecimento, segundo Vico, conduziria o homem a uma espécie de “barbárie”, levando-o à desumanização. De acordo com Vico, fazer é conhecer e vice-versa. Somente se pode conhecer aquilo que se faz. Ao homem, não é possível o conhecimento da natureza em sua essência, pelo fato de não ser o seu criador. No entanto, o homem cria a história e, por isso, pode conhecê-la. Os vestígios históricos trazidos pela filologia, somados à reflexão filosófica, poderão conduzir o homem ao conhecimento. Com a sua máxima verum et factum convertuntur (“conheço porque faço, faço porque conheço”), Vico coloca o homem como um produtor de modelos representativos do mundo, o qual lança mão da imaginação e do engenho (criação), para conceber a realidade. Partindo dessa máxima viquiana, visamos, neste trabalho, analisar a relevância das faculdades da imaginação e do engenho nos processos de elaboração de modelos científicos. No primeiro capítulo, buscamos compreender os principais conceitos do pensamento viquiano; em seguida, no segundo capítulo, definimos os conceitos agregados à faculdade imaginativa, como a memória, o engenho e a fantasia. Vico propõe ampliar a validação do conhecimento para além do crivo do raciocínio lógico. Desse modo, no terceiro capítulo investigamos o exercício da imaginação como um fator preponderante para a elaboração de hipóteses e para a geração de novos modelos na ciência. |