Efeitos da fotobiomodulação (laser 660 nm) no extravasamento de antraciclina: estudo experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Freitas, Karina Alexandra Batista da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202709
Resumo: Introdução: A quimioterapia endovenosa é a modalidade de tratamento mais utilizada no combate ao câncer. O extravasamento de antineoplásico é o escape do medicamento vesicante da veia para tecidos subjacentes. O extravasamento de antraciclinas (doxorrubicina, daunorrubicina, epirrubicina, idarrubicina) é o mais temido, por ser ligante ao DNA, com formação de lesões graves e de difícil resolução. Nesse sentido, não há consenso sobre o melhor antídoto a ser utilizado. O Dexrasoxane, no Brasil é utilizado como off label. Seu custo é alto e inviável ao sistema público de saúde. A hialuronidase é considerada um potencial antídoto para extravasamento de antraciclinas, modifcando a permeabilidade do tecido pela hidrólise do ácido hialurônico, promovendo a reabsorção. A laserterapia de baixa intensidade ou terapia por fotobiomodulação consiste na irradiação de células, podendo levar a ativação de componentes celulares e promover reações químicas específicas, responsáveis por alterar o metabolismo celular. Objetivo. Avaliar o efeito do uso de diferentes agentes (hialuronidase tópica, do laser de baixa intensidade (FBM) e da associação do FBM com a hialuronidase tópica) na prevenção de formação de lesões causadas pelo extravasamento de doxorrubicina em modelo animal/ou ratos. Método. Foram utilizados 60 ratos adultos Wistar, divididos em quatro grupos de quinze animais: Grupo 1 (Controle, sem antídoto); Grupo 2 (Hialuronidase); Grupo 3 (FBM) e Grupo 4 (Hialuronidase + FBM). Foram aplicados 1mg em 0,5 ml de doxorrubicina no subcutâneo do dorso dos animais, induzindo a ferida. Realizada avaliação macroscópica e morfométrica das lesões a cada dois dias por 28 dias. No 30º dia foi realizada a eutanásia e coleta o material para avaliação histológica. Resultados. O aparecimento das lesões iniciou-se no oitavo dia após inoculação. Quatro animais do grupo L não apresentaram lesões. Na avaliação macroscópica observou-se hiperemia, exsudato, sangramento, os melhores resultados foram associados aos grupos que faziam uso da laserterapia de baixa intensidade e hialuronidase (L e L+H). Os grupos L, L+H e H apresentaram resultados semelhantes na formação de crosta. A formação de necrose e edema, ocorreu em todos os momentos avaliados, os animais do grupo L apesentaram menor taxa de necrose. Na avaliação histológica, observou-se que os animais dos grupo L e L+H apresentaram maior tecido de regeneração com neovascularização e inflamação aguda, indicando uma melhora significativa na cicatrização da ferida. Discussão. A FBM, quando aplicada isoladamente foi capaz de prevenir o aparecimento de lesões, e a combinação da FBM (660 nm- 1joule) com a hialuronidase tópica (65 UTR) mostrou-se eficaz no processo de cicatrização de feridas por extravasamento de DOX. com taxas de contração melhores nesse grupo, com percentual de cicatrização de 76,6% e 72,1%, respectivamente. Conclusão. Os resultados evidenciaram que a associação da FBM com a hialuronidase promoveu a cicatrização das lesões e que a FBM isolada diminuiu a formação de lesões, denotando um resultado promissor para o uso na prática clínica.