Efeitos da fotobiomodulação em células osteossarcoma submetidas a terapia com bisfosfonato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Jéssica Lucio da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/40135
Resumo: Atualmente novos métodos de tratamento contra o câncer estão sendo investigados e uma das terapias atuais sob investigação é a Fotobiomodulação (FBM) e um grupo de medicamentos da classe dos bisfosfonatos, o Ácido Zoledrônico (AZ). O objetivo desse estudo foi revisar a literatura e avaliar os efeitos biológicos de diferentes parâmetros da fotobiomodulação (FBM) sobre cultura de células tumorais (osteossarcoma) avaliar os efeitos da fotobiomodulação (FBM) na viabilidade celular, apoptose e expressão de genes apoptóticos e o efeito de parâmetros específicos na proliferação das células osteossarcoma SaOs-2 não tratadas (Experimento 1 – E1) ou tratadas com ácido zoledrônico (AZ) (Experimento 2 – E2). Métodos: No primeiro estudo, conduziu-se uma revisão sistemática da literatura de estudos indexados nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Cochrane Library e EMBASE de artigos publicados até Março de 2019. A estratégia de busca incluiu os seguintes termos: laser therapy, laser AND therapy, laser therapy AND cancer cell, cancer AND cell, and cancer cell. Foram incluídos apenas estudos in vitro, com células cancerígenas, e que tivessem pelo menos um grupo de tratamento com laser de baixa potência e um grupo controle (sem tratamento). No segundo estudo, no E1, células de osteossarcoma SaOs-2 foram cultivadas em placas de 96 poços (1x104 célula/poço), e irradiadas após 24 hs. No E2, as células foram tratadas com o AZ nas seguintes concentrações: 1, 5, 10, 25, 50 e 100 M para determinação da concentração letal mediana (CL50). Após 24 hs do tratamento com a CL50 iniciou-se a irradiação. Nos dois experimentos, cada grupo foi irradiado utilizando comprimento de onda de 660 (V) e 808 (IF) nm, nas intensidades de 1, 5, 10 e 20 J. As análises de viabilidade celular (MTT), apoptose (Citometria de fluxo - Anexina V e Iodeto de Propídeo) e expressão dos genes BAX e BCL-2 por RT-qPCR foram realizadas 24 hs após a irradiação. Os dados foram comparados com ANOVA, considerando grau de significância de 5%. Resultados: A revisão sistemática apontou que a FBM pode ser utilizada em lesões cancerígenas de forma a diminuir a proliferação dessas células a depender dos parâmetros utilizados, contudo, a falta de padronização dos protocolos de irradiação a laser para investigações in vitro não permite o estabelecimento dos parâmetros ideias para esse fim. No segundo estudo, no E1 a FBM não alterou a viabilidade celular em relação ao controle, e não induziu a apoptose celular, apresentando maior prevalência de células viáveis similar ao grupo controle. Os grupos V1J, V20J e IF1J e IF10J aumentaram a expressão do gene BAX. No E2, a CL50 do AZ foi determinada em 10 µM. Quando submetidas a FBM, o grupo AZ+808nm-1J demonstrou aumento na proliferação celular. Observou-se redução significativa da expressão de células viáveis em todos os grupos, sendo que nos grupos AZ, AZ+660nm-1J, AZ+660nm-5J, AZ+660nm-20J e AZ+808nm-5J foi observada maior prevalência de células em apoptose precoce. Observou-se ainda aumento da expressão do gene BCL-2 nos grupos AZ+660nm-1J, AZ+808nm-1J e AZ+808nm-20J. Conclusão: Com base nos achados relatados na revisão sistemática, pode-se sugerir que a FBM em parâmetros específicos pode promover a bioestimulação ou até mesmo a inibição das células cancerígenas, devendo ser usada com cautela na prática clínica. Já no segundo estudo, a aplicação de FBM não alterou significativamente a proliferação de células ósseas tumorais, não induziu maior apoptose celular mas aumentou a expressão de gene pró-apoptótico, enquanto em células tratadas com AZ+808nm-1J a FBM estimulou a proliferação e o aumento na expressão de gene anti-apoptótico.