A criança hiperativa, a família, o discurso científico e a psicanálise

• Ano de defesa: 2009
• Autor(a) principal: Mano, Milena da Silva [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Psicanalise; Medicamentos - Utilização; Psychoanalysis; Children - Hyperactivity
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97562

Esta pesquisa partiu de questionamentos sobre a prática da clínica psicanalítica com crianças, especificamente com as que já possuem o diagnóstico médico de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, com referência no DSM IV. Analisar crianças com esse diagnóstico estabelecido provoca em nós inquietações quanto à (a) forma de tratamento, geralmente medicamentosa; (b) posição da família diante do discurso médico sobre a criança hiperativa; (c) posição da família em face de seu filho “hiperativo”; e (d) posição do clínico, orientado pela Psicanálise, diante desse cenário. Nossas inquietações, dessa maneira, estão voltadas a questões que nos remetem tanto ao sujeito como aos laços sociais em torno desse sujeito, articuladas ao significante hiperatividade. Por esse percurso, de uma experiência clínica que procura articular prática, teoria e reflexão, identificamos a importância de sistematizar essas inquietações e transformá-las em conhecimentos e, nesse sentido, construir novos conhecimentos, à luz de um saber da Psicanálise. Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica, assim como nos pautamos por uma análise de anotações de casos clínicos, sobre alguns pontos que julgamos relevantes da prática clínica com crianças diagnosticadas com TDAH. Optamos, pois, por conduzir nosso trabalho baseando-nos em três eixos norteadores: o da peculiaridade clínica da Psicanálise com crianças; o do atravessamento da família da criança “hiperativa” na clínica, ocupando lugares que provocam a extensão da transferência...