Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Aline Freitas da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250735
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Resumo: |
Nos últimos anos, temos acompanhado a ocorrência de grandes desastres em todo mundo, resultando na perda de muitas vidas e afetando um número significativo de pessoas. Eventos como esses estão exigindo cada vez mais uma maior e melhor preparação e capacidade de resposta para o seu enfrentamento. Quando um desastre ocorre imediatamente equipes de resposta são acionadas para lidar com as consequências geradas por ele e, de certa forma, contribuir no alívio do sofrimento humano. Essas equipes deveriam ser compostas por diversos profissionais e especialistas com habilidades e conhecimentos específicos, trabalhando coordenada e multidisciplinarmente, indo muito além da participação de bombeiros, agentes de defesa civil e das equipes médicas. E ainda que alguns trabalhos ressaltem a necessidade de equipes especializadas para atuar na resposta a desastres e outros destaquem como os geocientistas constituem uma primeira linha de defesa contra desastres geodinâmicos, ainda persiste uma lacuna a respeito do papel e da importância desses profissionais e as ações que eles podem desempenhar nas operações de desastre, incluindo até mesmo para os desastres geohidrometeorológicos. Com isso em mente, esse estudo tem por objetivo analisar a contribuição dos geocientistas nas ações de Preparação e Resposta a um desastre, em especial para os desastres associados a movimentos de massa. Para isso, foi realizado pesquisa bibliográfica, documental - incluindo a revisão de planos e protocolos de emergência e contingência, da esfera estadual, conhecidos e em uso no Brasil -, e de campo, por meio da realização de um questionário online e direcionado a especialistas das áreas de gestão de riscos e de desastres. Constatou-se que a participação de geocientistas nas ações de preparação e resposta é fundamental, mas isso não se observa na prática. Os planos de contingência e emergência analisados comumente não incluem, de maneira explícita, a necessidade dos geocientistas, ou restringe a sua participação apenas às ações de prevenção. A respeito do questionário, verificou-se, dentre outros pontos, que a formação em geociências possui os conhecimentos necessários para realizar o apoio técnico em desastres; que as atividades possíveis de serem desempenhadas por estes profissionais são absolutamente necessárias e podem vir fazer a diferença nas ações de resposta; que existe a necessidade da criação, ou até mesmo aprimoramento, de um protocolo de atuação conjunta que considere profissionais de diferentes órgãos e entes federativos para atuação na resposta; e que existe uma significativa vulnerabilidade jurídica que desampara a atuação desses profissionais nesse contexto, expondo tanto o técnico quanto a instituição o qual trabalha. Por fim, esta pesquisa permitiu constatar que os geocientistas são profissionais absolutamente relevantes e úteis no suporte técnico e científico nas ações de preparação e resposta a desastres associados a movimentos de massa. Entende-se que o objeto de discussão proposto neste trabalho possui não apenas relevância científica, mas também operacional na gestão desastres no Brasil. |