Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Watanabe, Marcela Tatiana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181750
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Resumo: |
A hiperfosfatemia está associada com maior risco de doenças cardiovasculares, eventos ateroscleróticos, hiperparatireoidismo secundário e doença óssea, e pode ser tratada pela combinação de aconselhamento dietético, uso de quelantes e diálise. Aditivos que contêm fosfato estão cada vez mais sendo adicionados nos alimentos processados, e uma importante abordagem para limitar a ingestão de fosfato seria o reconhecimento destes aditivos e a restrição dietética do fosfato inorgânico. Ensaios clínicos mostraram que educação nutricional, utilizando materiais educativos impressos e tecnologia, auxilia no manejo da hiperfosfatemia de pacientes renais crônicos, especialmente aqueles em diálise. OBJETIVO: Verificar o impacto da educação nutricional, focada em aditivos alimentares, na hiperfosfatemia de pacientes com doença renal crônica (DRC) em tratamento hemodialítico. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado controlado de intervenção, com pacientes em hemodiálise, no qual se realizou orientação nutricional direcionada a restrição de alimentos processados contendo aditivos para controle da fosfatemia, durante seis meses, na Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Os pacientes foram randomizados em Grupo Intervenção (GI) e Controle (GC). Nos início e final do seguimento foram realizadas coletas de dados completas e aplicados inquéritos alimentares: Registros Alimentares de três dias (RA3) e Questionários de Frequência Alimentar para Fosfato (QFA). No GI, os pacientes receberam, além das orientações nutricionais convencionais, educação nutricional focada no consumo de alimentos processados contendo aditivos com exibição de vídeo; e no GC, orientações nutricionais convencionais. Como desfecho primário, considerou-se a diminuição da fosfatemia após educação nutricional focada em aditivos alimentares. Em todos os testes foi utilizado o nível de significância de 5% RESULTADOS: 100 pacientes foram incluídos e randomizados, sendo 50 pacientes em cada grupo e ao final do seguimento, no GI havia 48 e no GC 46 pacientes. Observou-se tendência ao controle significativa apenas nos pacientes que receberam a orientação nutricional focada em aditivos alimentares (p=0,0488). Ingestões calórica (p=0,0170), proteica (p=0,0219) e de fosfato (p=0,0042) segundo o RA3 aumentaram significativamente no seguimento somente no GI. Já razões fosfato/proteína considerando QFA mostraram diminuição significativa em ambos os grupos (p<0,0001), mostrado também pela diminuição do fosfato oriundo de aditivos do QFA. CONCLUSÃO: A intervenção nutricional focada em aditivos mostrou-se eficaz no manejo da hiperfosfatemia, ao melhorar a qualidade da dieta pelo aumento na ingestão proteica e simultaneamente diminuir a fosfatemia de pacientes em tratamento hemodialítico. Reforçando então a necessidade da atuação em educação nutricional focada em aditivos para melhores desfechos clínicos de pacientes renais crônicos em tratamento dialítico. |