Efeitos de treinamento de força sobre a composição corporal e força muscular em pacientes sob hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Bruno Bessa Monteiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11708
Resumo: Pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD) apresentam várias alterações sistêmicas como inflamação, acidose metabólica e anorexia, capazes de contribuir para a perda de capacidade funcional, massa e força muscular, os quais exercem, desta forma, um impacto negativo sobre a morbimortalidade desses pacientes. O treinamento de força muscular pode atenuar tais efeitos da DRC no sistema muscular esquelético. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do treinamento de força muscular intradialítico na força muscular, capacidade funcional, composição corporal e na qualidade de vida de pacientes em HD. O treinamento de força foi aplicado três vezes por semana durante a sessão de HD por um período de seis meses em 28 pacientes em HD (16 homens e 12 mulheres, idade 46,3 ± 11,8 anos; IMC 23,8 ± 4,07 Kg/m²; e, % de gordura corporal (GC) 29,7±6,4%). Os níveis de força muscular foram medidos pelo dinamômetro isocinético Cybex-Norm®, a avaliação da capacidade física pelos testes de sentar e levantar - SL10 e SL60, também foram avaliados os dados bioquímicos, antropométricos, e de qualidade de vida (questionário SF-36). A análise estatística foi realizada utilizando-se o teste t de Student pareado, para um nível de significância p ≤ 0,05, do pacote SPSS 11.0. Os testes funcionais SL10 e SL60 apresentaram melhoras significativas no grupo das mulheres (p<0,001 e p<0,03, respectivamente) e no grupo dos homens houve melhora no SL10 (p<0,0001). Os homens apresentaram melhora na composição corporal com diminuição do % CG (p<0,05) e aumento da massa livre de gordura (MLG) (p<0,01) e no grupo das mulheres houve diminuição do %CG (p<0,01), da dobra cutânea bicipital (DCT) (p<0,05), aumento da MLG (p<0,05). No que se refere ao SF-36, houve melhora em 3 dos 8 componentes do questionário. Todavia, não houve alterações significativas nos valores de força muscular (extensor e flexor) e, no que se refere à análise bioquímica, os níveis de uréia foram reduzidos após o treinamento. O treinamento de força intradialítico foi benéfico para pacientes em HD contribuindo para melhora da capacidade física, da composição corporal e da qualidade de vida. No entanto, não houve melhora da força muscular nesses pacientes