Materialidades na dramaturgia contemporânea: o Prêmio Shell em São Paulo (2005 - 2015)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gomes, Marcos Nogueira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151147
Resumo: A proposta desta dissertação é analisar textos de dramaturgos contemporâneos paulistanos, entre os anos de 2005 e 2015, tendo em vista a relação entre texto e cena no interior dessas dramaturgias, identificando e refletindo sobre a presença de elementos incorporados de uma gramática cênica que evocam materialidades em suas estruturas textuais. A análise parte do debate sobre a mudança de status do texto ao longo do século XX, considerando o duplo movimento de emancipação do texto e da cena em relação à tutela do gênero dramático, o que configura novas possibilidades de escrita e encenação mais permissíveis entre si. Com base nas referências teóricas cotejadas no primeiro capítulo, cria-se uma grade de análise para o exame das dramaturgias selecionadas, com o objetivo de posicioná-las, no terceiro capítulo, entre dois polos: mythos e opsis – e posteriormente serem consideradas polaridades recorrentes entre dispositivos dramatúrgicos encontrados nos textos. O corpus desta dissertação, analisado no segundo capítulo, é composto por textos de autores vencedores do Prêmio Shell de Teatro em São Paulo na categoria de Melhor Autor no período de onze anos – até o início desta pesquisa. Este recorte é retomado no final do terceiro capítulo com o objetivo de estabelecer conexões entre o processo de legitimação de bens culturais por instâncias de consagração, segundo a conceituação do sociólogo Pierre Bourdieu, e as estruturas dramatúrgicas analisadas, pensando sobre os desdobramentos entre teoria e prática na contemporaneidade, bem como sobre a função do autor e da noção de autoria no contexto do novo status do texto teatral – e do lugar do dramaturgo – no processo de criação.