Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Priscila Nobrega de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183104
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Resumo: |
Introdução: Apesar dos correlatos neurais dos comprometimentos do andar associados ao envelhecimento não serem completamente compreendidos, estudos recentes apontam que idosos apresentam maior ativação do córtex pré-frontal (via indireta) durante o andar. Entretanto, os estudos existentes não consideram o processo de envelhecimento em um espectro mais amplo e, ao contrário, apresentam comparações limitadas a extremos de idade (adulto jovem X idoso). A compreensão da atividade neural do controle do andar no envelhecimento é importante para a identificação do momento em que as alterações inerentes ao envelhecimento afetam a atividade do córtex cerebral. Assim os objetivos deste estudo foram: (i) investigar os efeitos do envelhecimento na atividade do córtex pré-frontal (CPF) durante o andar usual, adaptativo e com tarefa dupla; e (ii) analisar a associação entre a atividade cortical e medidas do andar e de funções cognitivas. Materiais e Método: Noventa participantes foram avaliados, sendo 15 participantes sadios em cada grupo etário: 20-25, 30-35, 40-45, 50-55, 60-65 e 70-75 anos. Foram realizadas avaliações cognitivas, do andar e da atividade do CPF. Um sistema portátil de espectroscopia funcional de luz próxima ao infravermelho foi utilizado para o registro da atividade do CPF enquanto os participantes andavam em um circuito em três condições: andar usual, adaptativo (ultrapassagem de obstáculos) e com tarefa dupla. Um carpete com sensores de pressão foi posicionado em uma das retas do circuito para o registro dos parâmetros espaço-temporais do andar. ANCOVAs foram empregadas para analisar as diferenças nas concentrações de oxihemoglobina entre os grupos e condições, controlando pela velocidade do andar usual; ANOVAs two-way foram utilizadas para analisar as diferenças dos parâmetros do andar e do desempenho na tarefa cognitiva; e testes de correlação de Pearson foram aplicados para analisar a associação entre as medidas da atividade cortical, do andar e de funções cognitivas. Resultados: A atividade do CPF aumentou de maneira crescente entre os grupos etários, com algumas particularidades para cada condição do andar.. O grupo G60 apresentou maior ativação do CPF em comparação com o grupo G30 no andar usual. Os grupos G50 e G60 apresentaram maior ativação do CPF em comparação com o grupo G20 no andar adaptativo. Os grupos G30, G50, G60 e G70 apresentaram maior ativação do CPF em comparação com o grupo G20 no andar com tarefa dupla. O grupo G70 apresentou pior desempenho cognitivo e do andar em comparação com os outros grupos. Ainda, a maior ativação do CPF foi correlacionada com pior performance do andar e pior função cognitiva (função executiva). Conclusão: O processo de envelhecimento provoca aumento gradativo da participação da via indireta no controle do andar e este aumento é influenciado pela tarefa locomotora realizada. Ainda, a ativação do CPF como mecanismo compensatório se torna ineficiente a partir da sétima década de vida. Esta ineficiência pode estar associada com comprometimentos da função executiva, que estão mais exacerbados nos indivíduos do grupo G70. De maneira geral, a menor ativação do córtex pré-frontal está relacionada com melhor performance do andar e melhor função executiva. |