Efeito de diferentes concentrações e estirpes da bactéria Azospirillum brasilense nos componentes de produção em plantas de trigo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Repke, Rodrigo Alberto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144493
Resumo: O triticum aestivum é uma espécie de ciclo anual, pertencente à família Poaceae. Cultivado em regiões de climas subtropical e temperado, ocupa a segunda maior área plantada no mundo. Para obtenção de altas produtividade dentre outros cuidados, é essencial o fornecimento de nutrientes na quantidade demandada pelas cultivares de alto potencial produtivo, com destaque para o nitrogênio (N). A fixação biológica de nitrogênio é realizada por microrganismos simbióticos associados com raízes das plantas. Entre os microrganismos simbióticos que fixam nitrogênio associados com raízes de plantas, destacam-se os do gênero Azospirillum brasilense. O objetivo no presente trabalho foi avaliar a eficiência do uso da inoculação Azospirillum brasilense no desenvolvimento e componentes produtivos da cultura do trigo. O estudo foi dividido em dois experimentos sendo o primeiro em ambiente protegido e o segundo em ambiente não protegido, ambos na Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu, SP, no ano agrícola 2013. O delineamento utilizado foi o de blocos inteiramente casualizados para ambiente protegido e blocos casualizados para ambiente não protegido, com 10 tratamentos em esquema fatorial 3x3+1. Sendo os tratamentos compostos pelo uso de duas estirpes (Ab-V5 e Ab-V6) isoladamente e em combinação das mesmas (Ab-V5+Ab-V6), todos aplicados em três concentrações 65, 130 e 195 milhões de unidades formadoras de colônia (UFC) de bactérias. Mais a testemunha, sem inoculação de bactérias. Para o experimento em ambiente protegido, cada parcela experimental foi constituída por plantas cultivadas em um recipiente de amianto com capacidade para 0,462 m3 de solo. Foram 7 linhas de 0,88 m cada, espaçadas em 0,15 m, com 40 sementes por metro. Já no experimento em ambiente não protegido, a parcela experimental foi composta por 10 linhas de 2,0 m cada, espaçadas em 0,17 m, e 45 sementes por metro, onde ambos os experimentos teve uma densidade de semeadura em 266 sementes m2 almejando uma densidade de 250 plantas m2. Para atender a necessidade de água da cultura durante todo o ciclo, adotou-se o sistema de irrigação localizada por gotejamento, monitorada por tensiômetros de mercúrio. Após a emergência das plântulas até a colheita, foram realizadas avaliações de crescimento em diversos componentes morfológicos e de produtividade das plantas de trigo. Os dados obtidos foram submetidas à análise de variância pelo teste F a 5% de probabilidade, sendo os dados quantitativos submetidos a análise de regressão em função das doses de A.brasiliense os dados qualitativos em função das estirpes pelo teste de Tukey. Em ambiente protegido, a inoculação das sementes com Azospirillum brasilense promove maior crescimento das plantas de trigo, sem influencia na produção de grãos. Em condições de ambiente não protegido o crescimento das plantas é influenciado pela inoculação de Azospirillum brasilense. O uso de bactérias promotoras de crescimento em plantas aumentam o desenvolvimento das plantas de trigo, o que representa uma estratégia viável, além dos benefícios ambientais associados à redução no uso de fertilizantes nitrogenados.