Grande sertão: veredas e sua adaptação para a televisão: uma análise das estruturas temporais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Leite, Tamiris Batista [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134347
Resumo: Tomando-se como pressuposto a existência de um diálogo criativo e crítico entre textos de natureza literária e de natureza televisual, propomos a investigação, de caráter comparatista, entre o romance Grande sertão: veredas (1956) de João Guimarães Rosa e a minissérie homônima do ano de 1985, roteirizada por Walter George Durst em parceria com o diretor Walter Avancini. No texto adaptado temos um narrador que, no “presente-presente” da diégese, relata o curso épico de suas aventuras resgatadas de um “presente-passado”. Aquele tempo, formado por camadas da memória advindas de um “tempo vivo” passado que é recobrado pelo personagem, traz para o texto uma intensidade porque atualiza o passado da mesma forma que o faz a nossa consciência. Nossa pesquisa visa a esclarecer como se realiza a temporalidade em ambos os suportes textuais. Atentando para este caráter da obra literária, dialogaremos com os estudos de MENDILOW (1972), POUILLON (1974), RICOEUR (1997) e NUNES (1992), além de efetuarmos a revisão da fortuna crítica sobre o romance, direcionada para os estudos que focalizaram sua estruturação temporal. Os resultados esperados voltam-se, no campo da teoria literária, para o aprofundamento do estudo do ritmo narrativo no romance e, no que concerne ao formato televisual, para o desvelamento de sua realização plástica em sua montagem expressiva e rítmica. Para o estudo das características inerentes à linguagem televisual e ao processo de adaptação neste suporte, mobilizaremos as reflexões de BRADY (1994), STAM (2000; 2008) e CARDWELL (2003; 2005; 2007). Com relação aos estudos sobre a minissérie, destacamos os de MORAIS (2001), OLIVEIRA (2003) e BALOGH (2002; 2004). Comparando ambas as produções verificaremos os tipos de transposição e transformações observadas na minissérie e em que sentido esta possibilita outra visão da temporalidade presente no romance.