Kant e Habermas: a relação sujeito-objeto e a construção do conhecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Morais, Carlos Willians Jaques [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96368
Resumo: A presente pesquisa trata da relação sujeito-objeto na construção do conhecimento. O problema da relação sujeito-objeto constitui o histórico conflito de racionalidades que buscam a validação de suas perspectivas teórico-metodológicas e a produção de seus respectivos saberes. Apresenta-se, no primeiro capítulo, a relação entre sujeito-objeto segundo o Idealismo Transcendental de Kant. A Dedução Transcendental, motivada pela possibilidade de se produzir conhecimentos por meio de juízos válidos universalmente, recorre às funções formais da consciência para afirmar, a partir de uma auto-objetivação do eu penso (apercepção transcendental), um saber reconhecidamente válido. Mas tal esquematismo de um tribunal da razão expressa um conhecimento que é válido subjetivamente, e, por isso, levanta suspeita quanto à representação da verdade e ao progresso da ciência. Por isso, no segundo capítulo, expõe-se a crítica à teoria do conhecimento de Kant sustentada por Jürgen Habermas. Pela pragmática universal, Habermas oferece uma outra configuração da relação sujeito-objeto, inserindo a linguagem como uma instância de validação objetiva de saberes os quais provêm da práxis da vida, e inserem os sujeitos para (re)construírem o entendimento mútuo por meio do discurso. No terceiro capítulo, apresenta-se a configuração dos conceitos de subjetividade e objetividade sob o paradigma da compreensão comunicativa, resultando na construção de um conhecimento falível e perfectível. Finalmente, pelo quarto capítulo, se estabelece uma relação das posturas gnosiológicas de Kant e Habermas com a práxis pedagógica. Uma educação que se insere numa perspectiva crítica e emancipatória requer uma expressão de racionalidade que contemple saberes e ações razoáveis e equilibradas.