Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Paixão, Katia de Moura Graça [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153388
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Resumo: |
Segundo a Teoria Histórico-Cultural, a aprendizagem da linguagem escrita possibilita aos estudantes com deficiência intelectual o desenvolvimento cultural que impulsiona seu desenvolvimento psíquico. Entretanto, pesquisas realizadas sobre o ensino e aprendizagem deste público, evidenciam uma prática pedagógica que não possibilita ao estudante com deficiência intelectual tão pouco o acesso quanto à apropriação a linguagem escrita, tanto em escolas especiais quanto em sistemas inclusivos. Neste sentido, levanta-se a seguinte problemática: no processo de apropriação da linguagem escrita como se constitui a mediação pedagógica empreendida pelo professor? Deste modo, esta pesquisa tem como objetivo geral: investigar e analisar a mediação pedagógica a partir de uma pesquisa de intervenção envolvendo a linguagem escrita, direcionada a estudantes com deficiência intelectual, a fim de discutir o papel do professor frente a este processo. Para responder a esse objetivo, realizamos um estudo de caso, com dois estudantes com deficiência intelectual, matriculados em classes comuns, das séries iniciais do ensino fundamental, participantes de um projeto de investigação mais amplo que teve como foco as formas de ensino para a alfabetização para deste público. A partir deste projeto, nesta pesquisa, coletamos os dados de fontes documentais: laudos médicos, prontuários escolares, registros de avaliação, entrevistas com professores e pais, planos de intervenção semanal, tarefas desenvolvidas, diário de campo de visita escolar e filmagens. Do total de 27 sessões de intervenção, selecionamos as transcrições de três videogravações, dos quais três foram transcritas evidenciando a fala e as ações envolvendo pesquisadores e os sujeitos da pesquisa. Após a coleta dos dados, procedemos a análise dos laudos médicos com a finalidade de descrever o diagnóstico e os entraves deste processo; das entrevistas com as famílias e professores da escola regular dos estudantes incluídos, selecionamos as informações sobre o desempenho escolar que nos permitiram compreender, a seleção de cenas significativas que evidenciavam a mediação pedagógica, além da descrição e análise dos dados de avaliação dos estudantes durante o PADI, nas áreas da escrita, leitura, memória e linguagem oral. Realizamos uma análise dos dados a partir da perspectiva microgenética, de modo a abarcar de forma ampla a mediação pedagógica, com base nos eixos de análise: relação dialógica, ferramentas e conceitos. Os resultados obtidos no levantamento bibliográfico apontam que a maior parte das pesquisas produzidas em programas de pós-graduação no Brasil, tem como foco o estudo da aplicação de recursos de tecnologia para a aprendizagem da linguagem escrita por estudantes com deficiência intelectual, o que para nós, desloca do centro desta discussão o papel do professor. As mediações pedagógicas empreendidas nos possibilitaram identificar elementos essenciais na ação pedagógica que impulsionaram a aprendizagem dos estudantes, a criação de novos interesses e o desenvolvimento de funções psicológicas superiores que incidiram sobre o desempenho dos estudantes na escrita, leitura, linguagem oral e memória. Estes resultados nos permitem contribuir para o debate acerca do ensino da linguagem escrita para estudantes com deficiência intelectual, para além da defesa de um método de alfabetização, tendo em vista que o desenvolvimento das funções psíquicas superiores é o começo e o fim da mediação pedagógica empreendida. |