Deficiência intelectual e mediação docente: concepções e práticas no atendimento educacional especializado (AEE).
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1583 |
Resumo: | O direito público subjetivo à educação se encontra positivado no ordenamento jurídico brasileiro, mas ainda enfrenta limites quanto à sua incorporação nas práticas sociais escolares. Barreiras arquitetônicas, comunicacionais e, sobretudo, atitudinais causam prejuízos em relação ao acesso e à permanência na escola, com apropriação dos saberes escolares, por parte do coletivo dos indivíduos em situação de deficiência. Nesse contexto, a análise da dimensão subjetiva da educação assume posição relevante, o que justifica esta pesquisa, de caráter qualitativo e matriz sócio-histórica. O objetivo geral foi analisar as concepções de professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) acerca da deficiência e da deficiência intelectual e suas implicações para a mediação pedagógica em contexto de ensino-aprendizagem do AEE. Além dos docentes, participaram da pesquisa sujeitos em atendimento no AEE e seus responsáveis. Os instrumentos foram questionários, entrevistas semiestruturadas e observações participantes de sessões do AEE, cujos dados foram analisados sob perspectivas de pedagogias crítico-dialéticas. A partir da análise dos dados, constatamos a hibridização de paradigmas sobre a deficiência, com forte presença de aspectos da privação cultural, e o frágil conhecimento sobre a deficiência intelectual, configurado majoritariamente pelos saberes de experiência, os quais influenciam na produção dos tipos de mediação evasiva e coercitiva. Com menor incidência, observamos o paradigma da construção social e a definição da deficiência intelectual com melhor conceituação, que interferem na construção do tipo de mediação exitosa e qualificada nas interações sociais do AEE. As implicações pedagógicas da pesquisa apontam para a necessidade de produção de políticas de formação docente melhor qualificada, que tematizem as concepções de deficiência e de deficiência intelectual e o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos em situação de deficiência intelectual, e que ressaltem os modos pelos quais as concepções e mediações docentes escolares impactam a sua constituição intersubjetiva, intensificando a reprodução escolar da ideologia da deficiência/normalidade ou problematizando-a, com a contribuição da escola e dos docentes enquanto agentes sociais imprescindíveis à construção do modelo includente escolar em sociedades desiguais. |