Avaliação das terapias de reperfusão cerebral no acidente vascular cerebral isquêmico, realizadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Furlan, Natalia Eduarda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213489
Resumo: As doenças cerebrovasculares estão entre as principais causas de morbimortalidade no Brasil, causando um grande impacto sobre a saúde da população. A terapia de reperfusão é indicada para o tratamento da fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). Porém, os resultados e a modalidade da terapia a ser utilizada, ainda são assunto de debate na literatura. Objetivo: Descrever a evolução clínica dos pacientes submetidos à terapêutica de reperfusão cerebral no AVCi e avaliar as associações entre as modalidades da terapia e a evolução clínica dos pacientes. Métodos: Coorte observacional retrospectiva, avaliando através do prontuário eletrônico, o período agudo e 3 meses após o evento, dos pacientes diagnosticados com AVCi e que foram tratados com terapia de reperfusão cerebral endovenosa (IV) ou trombectomia mecânica (IA) e/ou terapia combinada (endovenosa seguida de trombectomia mecânica), internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-UNESP) no período de junho de 2012 a dezembro de 2020. Foi considerado nível de significância de p<0,05 para todas as análises. Resultados: Os pacientes mais velhos tiveram os desfechos mais desfavoráveis, exceto para taxa de mortalidade, na alta hospitalar. No grupo de pacientes tratados com terapia combinada (endovenosa seguida de trombectomia mecânica) houve um aumento na incidência de morte, bem como aumento na pontuação do NIH Stroke Scale (NIHSS). As curvas ROC mostraram que um aumento ou diminuição de 2,5 pontos no NIHSS foi associado a incapacidade grave ou morte após o tratamento. Conclusão: A reperfusão cerebral foi um tratamento viável para o AVCi em pacientes idosos e muito idosos, pois não aumentou a mortalidade. No entanto, observou-se que os idosos apresentaram piores resultados funcionais na alta hospitalar e 90 dias após o acidente vascular cerebral (AVC). Quanto a terapia utilizada no tratamento, os resultados piores foram altamente sensíveis e especificados com uma variação de pontuação NIHSS de 2,5 pontos após a intervenção. Os critérios clínicos de seleção de pacientes para tratamento com terapia combinada, devem ser melhor estabelecidos.